Diretores dos serviços de Medicina do Hospital de Faro demitem-se

Os diretores dos três serviços de Medicina da unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve apresentaram a sua […]

Os diretores dos três serviços de Medicina da unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve apresentaram a sua demissão, devido à incapacidade em dar resposta às solicitações e a alegadas pressões da administração para que sejam dadas altas médicas mais cedo do que o devido.

A denúncia é feita por Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que assegurou, em declarações à Antena 1, que o Conselho de Administração do CHUA, confrontado com os problemas existentes, respondeu que os médicos teriam «de acelerar as altas».

«Há um momento em que é preciso dizer basta», considerou o dirigente do SIM, que assegurou que, devido à falta de resposta, «20% dos outros serviços são invadidos com doentes da Medicina» e que «se nota a incapacidade desses serviços» nos corredores do hospital.

O Conselho de Administração do CHUA prometeu uma reação oficial a estas demissões para a manhã de hoje, quarta-feira.

No final do ano passado, a sobrelotação e a incapacidade de resposta dos serviços do hospital farense já haviam sido denunciadas, neste caso por um grupo de enfermeiros da Urgência. A denúncia, que chegou às redações proveniente de um email não institucional e foi divulgada nas redes sociais, falava em doentes internados em macas durante dias e sujeitos a condições indignas e em falta de alimentação», devido ao reduzido número de profissionais de saúde.

Uma situação negada, na altura, pelo Conselho de Administração do CHUA, que assegurou que o Hospital de Faro, «apesar das dificuldades provocadas pelos picos de afluência às urgências, consegue dar respostas de qualidade às situações clínicas dos nossos utentes, graças ao empenho de todos os seus profissionais»

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