Congresso de Hipertensão discute diabetes e demência vascular em Vilamoura

Diabetes, demência vascular e dislipidemia são alguns dos temas que vão ser discutidos no 12º Congresso Português de Hipertensão e […]

Diabetes, demência vascular e dislipidemia são alguns dos temas que vão ser discutidos no 12º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global, a realizar-se de 22 a 25 de Fevereiro, no Hotel Tivoli Marina Vilamoura (Loulé). 

Este evento, de dimensão internacional, é organizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).

Vítor Paixão Dias, presidente da comissão organizadora do evento e atual diretor do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, refere que se «procurou elaborar um programa abrangente que vá ao encontro das expetativas de todos os congressistas, destacando as mesas-redondas dedicadas ao risco vascular global nas diversas vertentes e o que implica na prática diária da clínica da Medicina Geral e Familiar».

Já Manuel Carvalho Rodrigues, presidente da SPH, explica que «o hipertenso muitas vezes não é só hipertenso e, hoje em dia, quando falamos de tratamento, temos a possibilidade de usar uma polypill que trata vários fatores de risco, útil também no combate à falta de adesão terapêutica. Estas são abordagens novas que queremos debater no congresso».

“Café e chocolate são bons para o coração e para a alma? E sobre o risco CV?” é o tema escolhido para a conferência inaugural do congresso, que será dirigida por Csaba Farsang, da Sociedade Húngara de Hipertensão.

A sessão magna “Casos clínicos do dia-a-dia da Medicina Geral e Familiar” vai ser, segundo a comissão organizadora, um dos pontos altos do 12º Congresso de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global.

«A grande maioria dos doentes hipertensos está nos cuidados de saúde primários e temos seguramente que discutir, além de casos clínicos de maior complexidade, formas de melhorar a integração de cuidados», sublinha Vítor Paixão Dias.

“O estado da arte em 2018” é a habitual sessão conjunta entre a SPH e a Sociedade Europeia de Hipertensão, em que várias individualidades de renome internacional discutem os últimos desenvolvimentos no tratamento da hipertensão arterial. Este ano, os temas em debate são “O rim na hipertensão”, “Novas evidências no tratamento da Hipertensão Arterial (HTA) conduzem a novas recomendações em 2018” e “Cérebro e HTA: vítima ou culpado”.

As habituais sessões conjuntas entre a SPH e sociedades de outros países também fazem parte do programa científico do Congresso, nomeadamente o Simpósio Luso-Húngaro e o Simpósio Luso- Brasileiro.

Na sequência do êxito das edições anteriores, e em resposta a múltiplas solicitações e sugestões, a comissão organizadora do 12º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global vai incluir novamente no programa científico do congresso um curso de pós-graduação em Hipertensão Arterial e Risco Cardiovascular Global, «com uma abordagem essencialmente prática e muito interativa».

Será composto por quatro sessões integradas no programa, com duração de 60 minutos em cada dia do evento, ministrada por «preletores de reconhecido mérito científico», segundo a organização.

Os temas das sessões são: HTA secundária: uma revisão para uma abordagem prática, Tratamento de HTA: o que há de novo, HTA Resistente: o que há de novo, MAPA, AMPA e PAA: diferenças e complementaridades.

De destacar também o curso “Perspetivas futuras no RCVG”, dirigido preferencialmente a internos complementares das diferentes especialidades. O curso vai ter duas sessões com duração de 60 minutos cada, sendo os principais temas “Adesão terapêutica e inércia médica: novos alvos do tratamento no RCVG” e “Novos antidiabéticos e proteção CV”.

O encerramento do congresso está marcado para o dia 25 com a apresentação “Envelhecimento vascular precoce: Do EVA ao SUPERNOVA”, dirigida por Stéphane Laurent da Sociedade Francesa de Hipertensão Arterial.

O presidente da SPH acrescenta ser «particularmente gratificante poder destacar que este é um programa que extravasa o espaço europeu e se estende, de forma muito particular, por todo o mundo de língua portuguesa».

Aquele responsável salienta ainda «a aprovação científica que o Congresso mereceu por parte da Sociedade Europeia de Hipertensão, bem como a creditação pelo European Board Acreditation in Cardiology (EBAC)».

Para consultar o programa completo, clique aqui.

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