Fecho de loja dos CTT «não serve os interesses» de Loulé

«Não estamos de acordo. A Câmara de Loulé não foi sequer consultada e deviam tê-lo feito». Esta é a reação […]

Foto: Pedro Lemos|Sul Informação

«Não estamos de acordo. A Câmara de Loulé não foi sequer consultada e deviam tê-lo feito». Esta é a reação de Vítor Aleixo, presidente da autarquia, ao anúncio do fecho, nos primeiros meses deste ano, da loja dos CTT na Avenida 25 de Abril, naquela cidade. 

O fecho de mais 22 lojas, na qual se inclui esta de Loulé, foi confirmado na terça-feira, 2 de Janeiro, pelos CTT. A decisão vem no âmbito do Plano de Restruturação daquela empresa, a ser aplicado ao longo dos próximos três anos, e está a levantar polémica, uma vez que outros autarcas do país também já se manifestaram contra.

Ao Sul Informação, Vítor Aleixo considerou que o fecho da loja «não serve» os interesses de Loulé, até porque, das três estações de correios em funcionamento, aquela é «mais central, mais acessível e que cobre uma área importante da cidade».

O fecho da loja também vai afetar dois postos de trabalho. «Gostava de saber o que vai acontecer àquelas pessoas e àquelas famílias», disse o autarca.

Vítor Aleixo

Com o encerramento anunciado, Loulé vai ficar apenas com duas lojas CTT: uma na rua 1º de Dezembro, perto do Mercado Municipal, e outra na rua Agostinho Barreto, junto ao Mcdonald’s.

Ou seja: apesar de tudo, a cidade de Loulé ficará com cobertura dos CTT assegurada por duas lojas, pelo que Vítor Aleixo admitiu que existem «situações muito mais graves» noutros pontos do país.

«De qualquer maneira, o nosso desagrado tem de ficar bem expresso porque não concordamos com o encerramento», considerou.

Ainda assim, há um cenário que atenuaria a contestação de Vítor Aleixo.

«Eu não me importaria que esta loja encerrasse, desde que, por exemplo, reabrisse a de Boliqueime», disse. Naquela localidade do concelho de Loulé, o posto CTT encerrou em 2013, sendo a Junta de Freguesia quem assegura, agora, o serviço.

Para o presidente da Câmara de Loulé, o fecho das 22 lojas, um pouco por todo o país, é «a consequência do erro político de se terem privatizado os correios em Portugal».

No Algarve, a loja de Loulé é, nesta nova leva de fechos, a única com encerramento previsto.

 

Lista de lojas com fecho previsto:

Junqueira (Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de S. Vicente, Socorro (Lisboa), Riba d’Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde, Filipa de Lencastre (Belas), Olaias (Lisboa), Camarate, Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Porto), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede, Aldeia de Paio Pires e Arco da Calheta (Madeira)

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