O contributo do Algarve para as contas do país poderá ascender a «4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional», em 2017, face à «evolução atual das atividades imobiliárias e turísticas», acredita Francisco Serra, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.
O responsável pela entidade gestora do Programa Operacional Regional CRESC ALGARVE 2020 (Algarve 2020) antecipou os resultados de um ano que foi positivo para economia algarvia, durante a sessão do Conselho de Coordenação Intersetorial (CCI), que reuniu esta semana em Faro, considerando mesmo ser «expetável» que os números do contributo do Algarve para o PIB nacional cheguem a este valor.
«Segundo os dados mais recentes do Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR), verifica-se uma evolução favorável em todos os índices (global, competitividade, coesão e qualidade ambiental), diminuindo a disparidade face à média nacional, apesar de ser a única região onde todos os valores continuam abaixo daquela média. Pela positiva, destaca-se o índice de qualidade ambiental com 98,65% da média, enquanto o índice de competitividade é de 93,6%», segundo a CCDR do Algarve.
A reunião com os representantes «dos vários ministérios e dos municípios» que integram o CCI também serviu para que Francisco Serra fizesse um balanço do PO CRESC Algarve 2020.
Até a 30 de Novembro, «foram abertos 164 concursos e aprovadas 524 operações, traduzindo-se numa taxa de compromisso de 43,63% (117 milhões de euros de FEDER e 22 milhões de euros de FSE), valores superiores ao quadro comunitário anterior em período homólogo».
«Relativamente à execução, a taxa cifrava-se nos 9,45%, representando um custo elegível de 41,1 milhões de euros de pagamentos já concretizados aos promotores (23,3 milhões de euros de FEDER e 6,8 milhões de euros de FSE)».
Também foram abordados nesta reunião os resultados provisórios das Contas Regionais 2016, recentemente publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Neste campo, sabe-se agora «que o PIB do Algarve registou um crescimento real de 2,6% face ao período homólogo, variação superior à média do país (1,5%)», enquadrou a CCDR algarvia.
Segundo as estimativas do INE, o PIB nacional passou de 179,8 mil milhões de euros para 185,2 mil milhões de euros em 2016, «tendo a economia do Algarve contribuído com 8.323 milhões de euros».
«Parte significativa deste valor é proveniente das atividades do comércio, transportes, alojamento e restauração, que passaram a representar 40% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) regional em 2016 e cujo dinamismo foi determinante para o crescimento real do PIB no Algarve», acrescenta.
Neste período, o contributo do PIB regional para o PIB nacional «evoluiu de 4,39% para 4,49%, originando uma subida do valor índice do PIB regional de 103 para 105 (PT=100)».
A CCDR do Algarve salientou, ainda, que os dados do INE revelam «uma diminuição das disparidades regionais no período de 2000 a 2015, com as regiões mais pobres a apresentarem taxas de crescimento do PIB per capita e da produtividade muito superiores à média do país».
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