Agrotur promoveu muitos negócios entre produtores do interior do Algarve e o setor turístico

Um catálogo online com 491 produtos de zonas de baixa densidade do Algarve, de 80 produtores, amigo do utilizador e […]

Um catálogo online com 491 produtos de zonas de baixa densidade do Algarve, de 80 produtores, amigo do utilizador e que funciona como uma loja virtual, 55 acordos de comercialização entre produtores e empresas do setor do turismo e 111 empresas envolvidas.

Os resultados do projeto Agrotur superaram as expetativas a quase todos os níveis e, segundo os diferentes parceiros do sucesso, permitiram atingir aquele que era o seu principal objetivo: o de dar a conhecer ao setor turístico aquilo que é produzido no interior do Algarve.

Os números deste projeto, cujo expoente máximo e face mais visível é o catálogo Agrotur, que já está online e conta com muitos interessados em aderir, foram apresentados no dia 7 de Dezembro, durante um seminário realizado no âmbito da 1ª Feira Mediterrânica de Natal da Universidade do Algarve, que decorreu na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo, no Campus da Penha, em Faro.

A apresentação dos resultados do Agrotur foi deixada para João Amaro, o presidente da associação Tertúlia Algarvia, que operacionalizou este projeto em parceria com o NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve e com o CRIA – Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da UAlg.

Segundo João Amaro, «as principais atividades foram todas realizadas e as metas cumpridas». Entre elas, destaque para o número de empresas envolvidas, 111, quando a meta inicial era 100, bem como para o número de acordos conseguidos, 55, quando a meta era 40.

Isto significa que o projeto teve o condão de entusiasmar aqueles aos quais se dirigia, ou seja, produtores e empresas do setor turístico. Na prática, isto significou abrir novas portas de comercialização aos empresários do setor agro-alimentar (e não só) do interior do Algarve, mas também dar a conhecer aos empresários da restauração e do alojamento uma riqueza que, em muitos casos, desconheciam ou à qual não sabiam como aceder.

Este objetivo conseguiu-se, em grande medida, com a criação do catálogo Agrotur. «Esta plataforma vai continuar online e poderá vir a incluir produtores de territórios que não sejam de baixa densidade. Continuam a chegar-nos candidaturas», revelou João Amaro.

Nesta plataforma, há a possibilidade de fazer vários tipos de pesquisa, desde logo por produto especifico, mas também por tipo de produto, mas também de aplicar um conjunto de filtros, como se há serviço de entrega e se o produtor está aberto a receber visitas.

Por outro lado, há várias informações associadas a cada produto, como a sua validade, a antecedência com que é necessário encomendar, a sua disponibilidade e as formas de apresentação.

Além de dar a conhecer o catálogo Agrotur, o representante da Tertúlia Algarvia anunciou, ainda, «ações futuras, para ajudar os produtores das zonas de baixa densidade na sua atividade».

Outra forma encontrada para aproximar o tecido produtivo do interior da região do setor turístico foram os encontros entre empresários de ambos os setores (B2B), que envolveram 52 pessoas, mais 12 do que o inicialmente esperado.

Este aproximar de empresas de mundos bem diferentes é visto como uma vitória por Marco Vieira, diretor do NERA. Isto porque, apesar da esmagadora maioria dos sócios desta associação empresarial terem a sua sede na zona litoral, este projeto permitiu ao NERA «apoiar empresas do interior do Algarve».

«É vital valorizar os produtos endógenos da região. Lanço um desafio à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve para que isto seja um ponto de partida e não um ponto de chegada» e que possam abrir mais linhas de apoio que permitam levar o Agrotur, um projeto financiado por Fundos da União Europeia, mais longe.

Também Hugo Barros, responsável pelo CRIA, defendeu que o Agrotur  não deverá ser «uma finalidade em si» e sim uma base para evolução futura do setor empresarial no interior da região.

Até porque, como salientou o moderador da sessão que juntou representantes das três entidades que promoveram o projeto, «criar um posto de trabalho no interior do Algarve não é o mesmo do que criar um no litoral», já que tem um impacto «dez vezes superior» na economia.

No fundo, como ilustrou Hugo Barros, o Agrotur visou «dinamizar este ecossistema de inovação que existe no Algarve, em particular nas zonas de baixa densidade».

«Toda a gente conhece a qualidade dos produtos das zonas de baixa densidade e a experiência das pessoas que os produzem. A ideia é que estes produtos, amplamente reconhecidos pela sua excelência, cheguem cada vez mais longe», rematou.

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