Vítor Aleixo aposta na dinâmica económica do interior para tornar território de Loulé mais coeso

A coesão territorial e o desenvolvimento económico do interior do concelho de Loulé são as grandes bandeiras de Vítor Aleixo […]

A coesão territorial e o desenvolvimento económico do interior do concelho de Loulé são as grandes bandeiras de Vítor Aleixo para os próximos quatros anos, enquanto presidente da Câmara deste concelho. O autarca louletano tomou posse esta segunda-feira para o seu segundo mandato e pôs a tónica no atenuar das assimetrias entre o interior e o litoral do município.

A tomada de posse dos eleitos para os órgãos autárquicos de Loulé decorreu esta segunda-feira sem novidades, como se esperava. Afinal, o PS venceu as eleições neste concelho com margens (muito) confortáveis, contando com sete vereadores na Câmara (em nove) e com 25 deputados municipais em 36 (18 eleitos diretamente mais sete presidentes de junta).

Uma segunda maioria que Vítor Aleixo diz que quer aproveitar «para cumprir tudo aquilo que vinha no programa eleitoral», prometendo «ambição, energia e criatividade».

A economia foi um dos temas mais focado num discurso de tomada de posse – apesar de não terem sido esquecidas outras “bandeiras” do executivo, como a cultura, desporto e a educação.

É neste âmbito que encaixa o desejado desenvolvimento do interior. «Queremos um desenvolvimento com harmonia, para que o território de Loulé tenha cada vez menos separações e desigualdades, seja mais coeso e cada vez mais justo. Esta estratégia há-de materializar-se em várias ações concretas de gestão de política autárquica», enquadrou.

E se já há «uma discriminação positiva» ao nível do investimento no interior da parte de «sucessivos executivos camarários – só isso explica a resiliência daquelas populações» -, nomeadamente ao nível fiscal e de equipamentos.

«A estes territórios falta-lhes, apenas, economia. E ai podemos ajudar, criando as condições para induzir atividade económica e para atrair investimento, nomeadamente na área do turismo de natureza, das pequenas empresas de economia circular e na área florestal, que começa a despontar», disse.

Neste última área, a Câmara de Loulé está já a trabalhar no sentido de criar uma central de biomassa no interior do concelho.

«Queremos criar esta central de biomassa para que os produtos florestais possam ter uma valorização económica, coisa que atualmente não acontece. É dramático ver as exigências legais que são feitas aos pequenos produtores florestais, para que limpem as matas, e perceber que elas não retiram dessa sua propriedade florestal o rendimento suficiente para cumprir as suas obrigações», considerou Vítor Aleixo.

Este projeto ainda está numa fase de estudo. «Para além da vontade política de levar adiante esse investimento, há ainda poucos dados que permitam avançar com algo mais concreto», como custos ou previsão da data para a sua instalação, disse o presidente da Câmara de Loulé.

Quanto a outros projetos que estejam na calha, Vítor Aleixo aconselha a ver no seu programa de candidatura. «Se eu arriscar nomear algum projeto, dada a grandeza do território de Loulé e os seu pólos urbanos tão diferentes entre si, corro o risco de ser injusto para alguém», ilustrou.

Vítor Aleixo aproveitou para anunciar uma «administração mais amigável», nomeadamente para os que querem investir no concelho. «Isso não significa que vá existir qualquer afrouxamento relativamente às regras, nomeadamente às que dizem respeito ao respeito e conservação dos valores ambientais. Há aqui um binómio: economia sim, mas sustentável e com respeito pelos valores ambientais», declarou.

 

Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação

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