Francisco Martins promete obras e Lagoa a «agarrar na bandeira» da regionalização

A requalificação da baixa de Ferragudo, resolver os problemas de estacionamento em Carvoeiro, Lagoa e Ferragudo, criar o Museu de […]

A requalificação da baixa de Ferragudo, resolver os problemas de estacionamento em Carvoeiro, Lagoa e Ferragudo, criar o Museu de Lagoa… e estar na frente da luta pela regionalização, se tal for necessário. Estas são algumas das prioridades de Francisco Martins para o segundo mandato à frente da Câmara de Lagoa, para o qual tomou posse esta terça-feira, 17 de Outubro. 

A cerimónia, realizada no Auditório Municipal, serviu para todos os órgãos autárquicos tomarem posse para o mandato 2017-2021, prestando, também, homenagem às vítimas dos incêndios no Centro e Norte de Portugal.

No seu discurso, Francisco Martins definiu ainda, como prioridades, a criação de parques verdes, no Parchal e em Lagoa, a requalificação da Senhora da Rocha, as obras no Centro Escolar da Mexilhoeira da Carregação ou a requalificação do refeitório da EB1 e Jardim de Infância de Lagoa.

Mas, como nem só de obras se fará o mandato, o presidente da Câmara de Lagoa afirmou que «continuaremos a qualificar os nossos funcionários», revelando, também, que será criado o pelouro da Igualdade e Cidadania.

É que o edil prometeu uma «ação social mais forte, mas que não que se resuma ao subsídio». «Quero que tenhamos causas e que possamos lutar por elas», acrescentou, dando o exemplo da violência doméstica.

Também a questão da política de habitação foi abordada no discurso de Francisco Martins. «Vimos muitos casos sociais, que não se resolvem com bairros, mas com proximidade e requalificação da própria rua», disse.

No fundo, «vamos continuar essa caminhada por uma Lagoa mais virada para o futuro», considerou. Aqui entra, por exemplo, a questão da Smart City, para a qual até já foi dado o pontapé de saída. «Vamos criar laboratórios e centros de conhecimento», revelou o edil.

Francisco Martins prometeu, ainda, estar atento «ao pacote de descentralização», uma questão que está a ser tratada pelo Governo. «São muitas competências e tarefas que podem vir a ser dadas às autarquias», considerou.

Só que, para o edil, «esta descentralização não nos pode afastar do processo de regionalização. Não é agora por ir entrar em vigor este pacote que metemos no saco, uma vez mais, este processo» da regionalização, disse.

O presidente da Câmara de Lagoa reempossado garantiu mesmo: «não deverá ser um processo conduzido por uma autarquia, mas, se a região não tem tempo, Lagoa abraça essa causa». E o público que encheu o Auditório Municipal bateu palmas às palavras do autarca socialista.

Mais tarde, já com a sessão terminada, Francisco Martins explicou melhor ao Sul Informação esta ideia.  «Lagoa é pequena enquanto concelho, mas temos de dizer, de uma vez por todas, o que queremos para o Algarve. Quero levar o tema à AMAL. Se não tiverem disponibilidade, Lagoa agarra na bandeira», disse.

No princípio, é preciso dar a conhecer às pessoas «o que é isso da regionalização», para «perceberem se querem ou não querem». E como? Trazendo ao Algarve «responsáveis pelos governos regionais para explicarem o que se perde, o que se ganha. Esse debate, pelo menos, tem de vir já para a praça pública», explicou.

A vitória de Francisco Martins em Lagoa foi expressiva, com 61% dos votos (elegendo mais um vereador do que no mandato anterior), e isso não foi esquecido pelo autarca nesta tomada de posse.

«Tenho para com os lagoenses uma dívida de gratidão enorme. Como disse na noite da vitória, a festa acabou à meia-noite. A responsabilidade veio a seguir. Aceito os resultados sem arrogância, mas também sem vergonha e sem preconceitos por os ter obtido», disse.

Numa sessão que foi abrilhantada por um momento musical de jazz com Hugo Alves, no trompete, Diogo Russo, no piano, e Luís Henrique, no contrabaixo, José Águas da Cruz (PS) foi reeleito presidente da Assembleia Municipal de Lagoa. Na votação, houve 13 votos para a lista do PS, cinco nulos e sete brancos.

No seu discurso, Águas da Cruz prometeu «mais sessões descentralizadas da Assembleia Municipal».

Também tomaram posse, mas como vereadores, Luís Encarnação, Nuno Amorim, Anabela Simão e Jorge Pardal (todos pelo PS), bem como José Inácio e Mário Vieira, pelo PSD, assim como todos os deputados municipais.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

 

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