Carlos Silva e Sousa prioriza obras “anti-cheias” em Albufeira, que já queria ter começado

Há muitas medidas planeadas, mas se há obras que o presidente da Câmara de Albufeira Carlos Silva e Sousa não […]

Há muitas medidas planeadas, mas se há obras que o presidente da Câmara de Albufeira Carlos Silva e Sousa não quer deixar de fazer são as ligadas ao Plano Geral de Drenagem do Concelho, que permitirão evitar cheias como as que assolaram o concelho a 1 de Novembro de 2015.

Entre estas obras está um grande (e oneroso) túnel, que servirá para desviar o caudal da ribeira de Albufeira da baixa da cidade em direção ao mar. Mas há muito mais a fazer no âmbito deste plano, que tem a assinatura do professor catedrático José Saldanha Matos, cujo gabinete «também fez o projeto de drenagem de Lisboa», segundo Carlos Silva e Sousa, que foi empossado para novo mandato ontem, dia 17 de Outubro.

«Não sei se o vou concluir neste mandato, mas espero que sim. É um projeto que eu entendo ser fundamental para Albufeira e que obrigará a algum sacrifício financeiro», disse. Mas é um esforço que o edil albufeirense revela não ter problemas em realizar, uma vez que, por ele, «a obra já tinha começado».

«Estamos na fase de projeto, que eu espero que seja concluído o mais depressa possível, pois temos os meios financeiros para o executar», garantiu Carlos Silva e Sousa, à margem da sessão de tomada de posse dos eleitos para os órgãos autárquicos de Albufeira. Esta é uma intervenção que «vai servir o concelho pelo menos até final do século».

A cerimónia que havia terminado minutos antes ditou que o PSD, o partido que ganhou a Câmara, também ficasse com a presidência da Assembleia Municipal. Mas não ficou com toda a mesa.

Os sociais-democratas não têm a maioria neste órgão e, apesar de terem elegido mais deputados diretamente, estão empatados em número de elementos com o PS, devido aos três presidentes de junta eleitos pelos socialistas (o PSD só tem um). Há, ainda, mais três partidos com assento na AM, todos com um elemento: a CDU, o BE e o PAN (que já veio a público anunciar que estabeleceu uma parceria política com o PSD em Albufeira, ou seja, que votou a favor).

Na primeira votação, em que cada um dos partidos mais representados (11 deputados cada) apresentou uma lista de três elementos, houve empate a 12, com um voto em branco.

O escrutínio foi repetido, desta vez com listas diferenciadas para cada cargo da mesa – presidente, 1º secretário e 2º secretário. Desta feita, na votação para o cargo de segundo secretário, o PS conseguiu mais um voto (13 a 12), mas o empate manteve-se para as demais posições. Numa segunda votação,  quem ganhou foi o partido mais votado na eleição direta, o PSD. No final, manteve-se como presidente o social-democrata Paulo Freitas.

Se na Assembleia Municipal houve «algum suspense» e votações com desfecho incerto, o mesmo não deverá acontecer na Câmara, onde Carlos Silva e Sousa conseguiu a maioria que lhe escapou no primeiro mandato. Isso dar-lhe-á outra margem de manobra para levar adiante o seu programa.

«É um mandato de muita ambição, pois começamos com meios financeiros e temos projetos. Vamos concretizar muitas ações e obras que são necessárias para Albufeira», assegurou. Estas intervenções serão «de caráter social, cultural, de reabilitação urbana… há muita coisa para fazer».

O objetivo de Carlos Silva e Sousa é acabar este mandato com «uma Albufeira com boa capacidade de atração e conservação de riqueza, solidária e com empresários com preocupações sociais e trabalhadores bem remunerados».

 

Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação

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