Um resultado «belíssimo», que permitiu ao Partido Socialista «reforçar a sua posição no Algarve, ao obter mais votos e ganhar mais freguesias», que se juntam às dez Câmaras que já detinha e manteve. É este o balanço que António Eusébio, presidente do PS/Algarve, faz da noite eleitoral deste domingo, na região, na qual este partido foi o claro vencedor.
Basta dizer que, em relação a 2013, os socialistas angariaram mais 18 mil votos, em todo o Algarve (83.689 no total), e conseguiram maiorias absolutas em todas as Câmaras que já tinham presidentes do PS (elegeram, ao todo, mais 9 vereadores, um total de 60). Em alguns casos, como Vila do Bispo e Olhão, estas maiorias foram ganhas – e pela primeira vez – por presidentes de Câmara que tiveram de enfrentar problemas internos, ao nível das suas estruturas partidárias concelhias.
De resto, a nível regional, os socialistas só perderam um vereador dos que já tinham antes. Em Silves, Rosa Palma (CDU) conseguiu a maioria absoluta e “roubou” um assento na Câmara ao PS.
Em Faro, onde foi o próprio António Eusébio a ir a votos (quatro vereadores), em Albufeira (três), em Vila Real de Santo António (dois), em Monchique (dois) e em Castro Marim (dois), o PS voltou a sair derrotado, mas não perdeu membros na vereação.
«Em Castro Marim, estivemos perto de conseguir mais uma Câmara, a diferença foi muito reduzida (32 votos)», ilustrou. Em Faro, onde foi reeleito com maioria absoluta Rogério Bacalhau, apoiado por uma coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM, António Eusébio frisou que os socialistas obtiveram «mais dois mil votos que em 2013», aumento que se mostrou insuficiente para vencer.
E se o PS garantiu maiorias absolutas em todos os concelhos onde já era e continuará a ser poder, o mesmo aconteceu em praticamente todos os outros concelhos – a exceção é Castro Marim. «Agora, o que se espera é que os presidentes das Câmaras, com responsabilidade, cumpram os objetivos a que se propuseram e os programas eleitorais», disse.
Os socialistas também conseguiram um aumento significativo ao nível das Assembleias de Freguesia, vencendo 44 juntas, mais três que em 2013, e elegendo 362 elementos. Nas Assembleias Municipais, os socialistas elegeram mais vinte deputados do que há quatro anos, nas contas regionais (155 mandatos em 312 que estavam em disputa), pese embora o facto de terem perdido a presidência da Assembleia Municipal de Faro.
O presidente da Federação do Algarve do PS e deputado à Assembleia da República disse que o resultado obtido pelo partido no Algarve «já foi reconhecido e elogiado pela Federação Nacional».
Para António Eusébio, estes resultados vieram «reforçar o trabalho que tem vindo a ser feito pela Federação e pelos presidentes de Câmara nos últimos quatro anos». Ainda assim, não se assume (pelo menos para já), como recandidato ao cargo nas próximas eleições para a liderança do partido, a nível regional, que acontecem em 2018. «Neste momento, vou-me concentrar no meu trabalho enquanto deputado à Assembleia da República e como vereador em Faro», disse.
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