PAN quer recolha seletiva de lixo porta a porta em Loulé

O PAN de Loulé, que concorre à Assembleia Municipal, quer que passe a existir uma «recolha seletiva de lixo porta […]

O PAN de Loulé, que concorre à Assembleia Municipal, quer que passe a existir uma «recolha seletiva de lixo porta a porta» no concelho. 

Rosa Sousa, candidata àquele órgão autárquico, em conjunto com Jorge Silva e Domingos Pereira, também candidatos, visitaram a sede da Algar, em São João da Venda (Almancil), onde conheceram «de perto o funcionamento das duas estações e os preocupantes números que sinalizam a reduzida taxa de lixo corretamente separado que recebe».

Como tal, e tendo em conta «a falta de sensibilidade de alguns cidadãos e, de forma muito significativa, de uma grande parte dos agentes da restauração, para a importância de separarem o lixo na hora de o depositar nos contentores», a proposta passa por «investir na recolha selectiva de resíduos porta a porta, à imagem do que já se faz no município das Flores, Açores, mas há muito tempo noutros países, como na Alemanha», diz o PAN.

Outra das ideias defendidas pela candidatura é «montar uma rede de máquinas para recuperação de garrafas plásticas, com devolução de um valor em talões de compras que podem ser usados no comércio local», e «criar um serviço municipal de compostagem, responsável pela implementação de centros de compostagem em diversos locais do município, nomeadamente nas hortas comunitárias, nas escolas, bem como pela fiscalização e garantia do seu correto funcionamento».

«Mais de metade do lixo urbano ainda é enviado para aterro, por não se encontrar em condições de ser reciclado, mas sobretudo porque grande parte dos cidadãos continuam a não fazer a separação do lixo convenientemente». Esta foi a constatação de Jorge Silva, após a visita à Algar, que acrescentou ainda «ter ficado surpreendido com a enorme quantidade de plástico que é depositado no vidrão».

«Enquanto que na estação de Faro a Algar faz o tratamento dos ecopontos verde, azul e amarelo, a estação de São Brás de Alportel ocupa-se da transformação dos lixos vindos da jardinagem em composto para a agricultura biologica, e dos restantes em fertilizantes e produção de biogás, que depois de transformado em energia elétrica, estima-se ser suficiente, por exemplo, para sustentar uma vila de 5000 habitantes», diz o PAN.

«Verificamos que já existem estas soluções e alguns números importantes, mas que podem e têm de passar a ser muito mais altos, não só para alcançar as diretivas e metas europeias, mas para assegurar um mínimo de qualidade de vida das próximas gerações», diz Rosa Sousa.

«O lixo é um problema global e que tem preocupado líderes e ativistas de todo o mundo, pelo seu impacto negativo na vida das pessoas e dos animais. Por exemplo, existe atualmente uma campanha pelo reconhecimento como país independente, da maior ilha de lixo conhecida no oceano pacífico, composta sobretudo por plástico, com uma área igual à de França e 10 metros de profundidade. Trata-se evidentemente de uma ação para chamar a atenção do mundo para o problema», explica o PAN.

Para este partido, «a solução está em criar uma verdadeira economia circular, onde se consiga reutilizar praticamente todo o lixo produzido».

Neste sentido, Domingos Pereira esclarece que «isso exige dar atenção a três etapas: em primeiro a criação e design de embalagens, que hoje não estão pensadas para facilitar o seu tratamento e reutilização, em segundo a educação do cidadão para a necessidade de consumir de forma consciente e de se sentir responsável pelo lixo que produz e, em terceiro lugar, a criação de mecanismos de recolha e tratamento do lixo cada vez mais eficientes».

O PAN também concorre, em Loulé, ainda à Assembleia de Freguesia de Almancil.

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