Há mais mortos e feridos graves em acidentes nas estradas do Algarve

Desde o início do ano, morreram 20 pessoas nas estradas do Algarve, mais quatro do que em igual período de […]

Crédito: Depositphotos

Desde o início do ano, morreram 20 pessoas nas estradas do Algarve, mais quatro do que em igual período de 2016. Os números da sinistralidade na região algarvia agravaram-se nos primeiros oito meses do ano, com aumentos homólogos nos principais indicadores, desde logo o número de vítimas mortais, mas também no que diz respeito aos feridos graves e quantidade de acidentes.

Segundo revelou Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), entre 1 de Janeiro e 31 de Agosto registaram-se 7438 acidentes nas estradas algarvias, um aumento substancial em relação ao ano anterior, em que houve 6465 sinistros.

Este incremento das ocorrências refletiu-se no número de vítimas. Além dos 20 mortos, há que lamentar 131 feridos graves, um número superior não só ao contabilizado em 2016 (106), mas também em 2015, que foi um ano “negro”, com 31 mortos nos primeiros 8 meses do ano.

Num relatório tornado público esta semana, a ANSR também revelou os dados de sinistralidade do último ano, ou seja, de 1 de Setembro de 2016 a 31 de Agosto de 2017, comparando-os com o que o antecedeu. Neste caso, nota-se ainda mais o aumento do número de mortos, uma vez que, de há um ano a esta parte, faleceram 36 pessoas nas estradas algarvias, mais 14 que no período homólogo (22).

Já no que toca a feridos graves, a diferença atenua-se. Em 2016/17, contabilizaram-se 187, quando em 2015/16 foram registados 167.

Acidente – Imagem de Arquivo

O relatório agora publicado não vai ainda ao pormenor de discriminar o número de acidentes por estrada e concelho, dando apenas uma visão global dos números a nível nacional e por distrito. Os dados também ainda não chegaram aos autarcas da região, o que leva o presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve a ter uma abordagem cautelosa aos números.

«Qualquer aumento do número de mortos e feridos graves nas estradas é de lamentar e deve ser alvo de uma análise rigorosa da parte das Câmaras e do Governo, para que tomemos, em conjunto, as medidas adequadas», disse Jorge Botelho, presidente da entidade que junta os 16 municípios do Algarve.

«Antes de tudo, é preciso saber quais são os pontos negros. Depois, teremos de atuar rapidamente e tomar medidas concretas para diminuir a sinistralidade, seja com a requalificação das estradas, seja com a colocação de sinalética ou outras medidas que se revelem necessárias. Também se terá de perceber qual o contributo do aumento dos fluxos rodoviários, causado pelo aumento de turistas, para estes números», acrescentou.

Jorge Botelho aproveitou para dar a sua visão pessoal sobre o que poderá ajudar a diminuir a sinistralidade nas estradas da região. «Quero que avancem rapidamente as obras de requalificação da EN125 entre Olhão e Vila Real de santo António, para as quais ainda não foram lançados concursos. Também nunca escondi que sou contra a cobrança de portagens na Via do Infante. O Governo já fez um esforço para as baixar. Espero agora que seja feita uma avaliação da medida e que esse esforço possa ser mais aprofundado», disse.

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