Eis o primeiro cemitério no Algarve onde os animais podem «descansar em paz»

É o primeiro cemitério para animais no Algarve e acaba de nascer em Lagos. Sejam cães, gatos, porquinhos-da-índia ou até […]

É o primeiro cemitério para animais no Algarve e acaba de nascer em Lagos. Sejam cães, gatos, porquinhos-da-índia ou até periquitos, ali todos vão poder «descansar em paz». 

O espaço, que foi inaugurado esta sexta-feira, 8 de Setembro, fica paredes-meias com o novo cemitério de Lagos. Cecília do Carmo, presidente da associação Cadela Carlota, é a mentora do cemitério para animais. «Nós debatemo-nos com a morte de animais todos os dias e pensamos: “o que vamos agora fazer com o corpo do animal?”. Em certos sítios enterrávamo-los, mas a maior parte trazíamos para o canil municipal», começou por contar.

Vai daí, Cecília teve uma ideia: candidatar o projeto para este cemitério ao Orçamento Participativo de Lagos de 2015. «Pensei logo – vou concorrer. No início, foi apenas uma esperança. Eu já tinha sentido necessidade de haver este espaço e até já tinha perguntado à Câmara», explicou.

E a verdade é que o projeto foi mesmo vencedor. Por agora, o cemitério já tem um módulo, de gavetas, com capacidade para 39 animais, que não podem exceder os 70 quilos e 1,15 metros de comprimento.

Cecília do Carmo

«Conforme a procura, os módulos vão ser replicados até perto de 200. Temos espaço para tal, assim haja adesão como nós pensamos», disse Maria Joaquina Matos, presidente da Câmara de Lagos, que não faltou à inauguração.

A inumação é por três anos, com os preços a variarem entre os 60 e os 80 euros, podendo ser pagos por prestações. Até porque o único objetivo é garantir um «fim mais digno aos animais de estimação», explicou a edil.

De forma simbólica, trata-se de um espaço que «vai dar resposta a muita gente que se angustia na hora de se despedir dos seus animais de estimação», acrescentou Joaquina Matos.

O cemitério é para ser usado sobretudo por residentes, mas quem não morar no concelho de Lagos também pode, excecionalmente, deixar ali o seu animal.

Cecília do Carmo esteve visivelmente feliz, durante toda a cerimónia. «Deixamos aqui uma marca. Os animais começam a ser respeitados», disse. É que ali dá-se «uma condição de morte igual à dos homens», rematou, por sua vez, Joaquina Matos.

Este cemitério custou cerca de 50 mil euros, com o projeto a ser da responsabilidade da empresa António Marques – Planeamento e Arquitetura.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

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