Candidatura para criação do sistema de rega da várzea de Odeleite já foi entregue

A Câmara de Castro Marim quer avançar com a construção do sistema da rede de rega da várzea de Odeleite […]

Barragem de Odeleite

A Câmara de Castro Marim quer avançar com a construção do sistema da rede de rega da várzea de Odeleite e já apresentou uma candidatura para obter apoio da União Europeia na concretização desta «obra desejada há mais de 20 anos», cujo custo deverá rondar os 1,7 milhões de euros.

Este sistema permitirá aproveitar a água da Barragem de Odeleite para irrigar os terrenos que lhe ficam a jusante, que «paradoxalmente» não integram o Aproveitamento Hidroagrícola do Sotavento Algarvio, que beneficia uma área de cerca de 8600 hectares dos concelhos de Castro Marim, Tavira, Vila Real de Santo António e Olhão.

«A área total a beneficiar pelo sistema será aproximadamente de 132 hectares, de acordo com o delimitado pelas entidades competentes, situando-se a jusante da Barragem e desenvolvendo-se ao longo da ribeira de Odeleite», explicou a Câmara de Castro Marim.

A construção da rede de rega «permitirá dar resposta a um antigo desejo da população, desde a construção da barragem de Odeleite nos anos 90, e melhorar as condições de produção dos agricultores daquela área, permitindo inclusivamente a diversificação de culturas»

«O financiamento, a ser aprovado, cifrar-se-á numa ajuda pública de 100%, com uma estimativa de investimento na ordem dos 1,7 milhões de euros (1 717 170,20€)», revelou a Câmara.

Segundo a autarquia, o processo de candidatura iniciou-se em Março passado, resultante de uma «estreita colaboração» entre a Câmara, a Direção Regional de Agricultura, a Cooperativa Agrícola e de Rega de Odeleite e a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGRADR).

O município acrescentou que assumiu as rédeas deste processo, tendo em conta a «impossibilidade dos parceiros de reunirem as condições mínimas para a sua concretização e operacionalização».

«Apesar da dificuldade do processo, não só pelo frágil grau de maturidade, à data, dos elementos necessários para instruir devidamente a candidatura, mas também pela realidade do território, com o espartilhar da área por mais de 300 proprietários, o Município conseguiu apresentar a candidatura em tempo útil», contou a autarquia castro-marinense.

Agora, falta a resposta da parte dos gestores do programa PDR2020, programa operacional ao qual o projeto foi candidatado.

«Sonhar comanda a vida e este processo, que nasceu de uma quase impossibilidade técnica, cresceu neste meses, à conta da capacidade de realização, sonho e dedicação de uma pequena equipa que me orgulho de integrar», considerou Filomena Sintra, vice-presidente da Câmara de Castro Marim.

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