Documentário “Gurumbé, canciones de tu memória negra” mostra-se em Lagos

O documentário “Gurumbé, canciones de tu memória negra”, que recorda o contributo das populações negras para a história e cultura […]

O documentário “Gurumbé, canciones de tu memória negra”, que recorda o contributo das populações negras para a história e cultura da Andaluzia, é exibido no próximo dia 23 de Agosto, às 21h30, no Centro Cultural de Lagos.

Da autoria do realizador e antropólogo andaluz Miguel Angel Rosales, e falado em espanhol, o documentário será projetado com legendas em inglês.

No século XVI, por exemplo, «a população negra representava 10% da população de cidades portuárias como Sevilha ou Lisboa. Se assumimos, sem entraves, a herança cultural islâmica, a investigação demonstra agora o contributo das populações negras para a riqueza cultural que caracteriza os povos ibéricos, justificando-se inteiramente esse reconhecimento», considera a Câmara de Lagos.

O ponto de partida deste documentário andaluz é o porto de Lagos e a descoberta de 158 esqueletos na lixeira urbana medieval e moderna, descoberta que veio corroborar o papel ativo de Portugal e de Lagos no tráfico negreiro.

Na apresentação, por ocasião do Dia Internacional da Memória do Trafico Negreiro e da sua Abolição, estará presente o realizador Miguel Angel Rosales, num espaço de debate que pretende essencialmente promover os comentários do público e recolher as suas impressões.

A iniciativa vai terminar com o quadro flamenco da ‘bailaora’ londrina Yinka Esi Graves, com raízes no Gana e na Jamaica, para quem, nas suas próprias palavras, «o documentário permitiu reconciliar a sua cabeça com o seu coração e que, com os seus bailes, contribui para resgatar a herança da dança africana no baile flamenco».

Quanto à autarquia lacobrigense diz esperar que «este espetáculo, tal como o Núcleo Museológico Rota da Escravatura do Museu Municipal de Lagos, inaugurado no passado ano, cumpra o desiderato de aprofundar o debate sobre o tráfico de seres humanos e sobre a tragédia migratória que continua manchando o Mediterrâneo».

 

 

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