Concursos para obras de requalificação da Culatra lançados «na primeira quinzena de Setembro»

Os concursos para as obras de requalificação do espaço público da Ilha da Culatra (Faro), que motivarão um investimento 1,5 […]

Os concursos para as obras de requalificação do espaço público da Ilha da Culatra (Faro), que motivarão um investimento 1,5 milhões de euros, vão ser lançados «já na primeira quinzena de Setembro», anunciou esta segunda-feira, dia 21 de Agosto, o ministro do Ambiente João Matos Fernandes.

O membro do Governo esteve em Tavira, onde revelou que está para breve o procedimento que permitirá investir esta verba na Culatra, para levar a cabo um conjunto de intervenções que «vão melhorar muito o espaço público, sem bulir com as caraterísticas daquele aglomerado».

Segundo o João Matos Fernandes, é «imprescindível fazer o lançamento dos concursos» até meados do próximo mês, «para cumprir o prazo exigente» que decorre da candidatura desta obra ao Programa Operacional do Algarve, já aprovada. Ou seja, não era possível adiar para depois das eleições autárquicas, que terão lugar pouco depois, a 1 de Outubro.

«O que é importante nas ilhas são as atividades tradicionais. Daí este nosso esforço tão grande no aglomerado da Culatra, que começou com o Plano de Intervenção e Requalificação (PIR), que já foi aprovado e homologado por mim e continuou com esta candidatura», segundo o ministro.

Em todo este processo, foi acautelado «que os moradores na Culatra tenham títulos [de propriedade] que se prolonguem no tempo». Em cima da mesa, está a titularidade vitalícia das casas, com possibilidade de as passar a descendentes, casos estes sejam profissionais da pesca.

«As áreas protegidas dos Parques Naturais são muito humanizadas. A própria atividade do Homem contribuiu para criar biodiversidade, pelo que é fundamental que ela se mantenha e é essa a estratégia que estamos e queremos continuar a seguir», acrescentou o ministro do Ambiente.

Desta forma, os culatrenses, bem como outras comunidades instaladas em territórios que hoje gozam de proteção especial de cariz ambiental, não devem sair de onde há muito vivem. E até podem dar uma ajuda extra, na defesa dos valores naturais.

É, pelo menos, esse o objetivo do projeto “A pesca por um mar sem lixo”, que levou a ministra do Mar à Ilha da Culatra, esta tarde. Durante a manhã, Ana Paula Vitorino também havia estado em Tavira, onde acompanhou, em conjunto com o seu homólogo do Ambiente, a assinatura de um protocolo para a construção de um novo cais na Ilha de Tavira e assistiu à apresentação de diversos projetos para a zona ribeirinha desta cidade.

À margem da sessão, a ministra salientou a importância da iniciativa que a levou ao núcleo da Culatra, em Faro. «Há uma grande ambição da parte do Ministério do Mar, que é o de participar ativamente quanto aquilo que é a saúde do oceano e das nossas praias. Parecendo que não, a parte mais fácil é a limpeza das praias», disse.

Tendo em conta «a importância da limpeza dos oceanos», foi lançado o projeto “A pesca por um mar sem lixo”, uma iniciativa da tutela que está a ser concretizada pela Docapesca e que chega agora à Culatra, numa parceria que engloba a Câmara de Faro, a Associação de Moradores da Ilha da Culatra e a Associação Portuguesa de Lixo Marinho.

«Com esta iniciativa, garantimos que os desperdícios não são atirados borda fora. Assim, queremos garantir que nas embarcações existam condições para que o mar se possa manter limpo, porque existe acomodação do lixo e este é trazido para terra, para ser reciclado e reutilizado. Também nas lotas haverá essa preocupação», assegurou.

Outra componente deste projeto, é a formação dos profissionais da pesca. «Os pescadores e as suas associações, de uma forma geral, têm sido parceiros de novas políticas ligadas ao mar, quer em políticas de preservação de stocks, quer ao nível das políticas ambientais. São pessoas fantásticas e que têm colaborado e têm sido pioneiros neste programas», acrescentou Ana Paula Vitorino.

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