Ativistas querem que “Mar sem Lixo” seja também sem exploração de petróleo

Se há um projeto da Docapesca, patrocinado pelo Governo, por um “Mar sem lixo”, porque razão se mantém a intenção […]

Se há um projeto da Docapesca, patrocinado pelo Governo, por um “Mar sem lixo”, porque razão se mantém a intenção de permitir a prospeção de petróleo ao largo da costa portuguesa? Esta foi a questão levantada pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo e a Tavira em Transição durante um protesto na Ilha da Culatra, no domingo, aproveitando a presença da ministra do Mar na procissão da Nossa Senhora dos Navegantes.

Os ativistas anti-petróleo algarvios acham que a lógica por detrás do projeto “Mar sem Lixo” choca com a intenção de se deixar explorar petróleo ao largo da costa portuguesa e fizeram questão de mostrá-lo a Ana Paula Vitorino.

Os manifestantes marcaram presença com faixas, cartazes e folhetos, e, segundo a PALP, «tiveram apoio da população e interpelaram a ministra», entregando-lhe documentos contra a exploração de petróleo. Aproveitando a ocasião, a plataforma informou Ana Paula Vitorino sobre o crowdfunding que está a promover «para ela poder contribuir para a providência cautelar contra a prospeção e exploração de hidrocarbonetos».

O projeto “Mar sem Lixo” foi lançado em 2016 e chegou agora à Culatra. O seu objetivo é «a redução dos resíduos no mar através de adoção de boas práticas ambientais por parte dos pescadores, contribuindo também para dar um destino ambientalmente correto aos resíduos recolhidos no mar, privilegiando a sua reciclagem e valorização».

Para os ativistas anti-petróleo, a sua existência acaba por ser um contrassenso, quando a iniciativa parte de um Governo «que permite explorar combustíveis fósseis» no Mar.

Fotos: PALP

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