O PSD/Algarve defendeu esta sexta-feira, dia 21 de Julho, que a criação do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) apenas irá tornar a estrutura dos hospitais algarvios ainda mais pesada.
«Não é descabido fazer notar que quem criticou de forma tão veemente a constituição do Centro Hospitalar do Algarve por defender a autonomia de cada estrutura Hospitalar tenha procedido a uma reorganização do modelo institucional que para além dos hospitais de Faro, Portimão e Lagos, os vários Serviços de Urgência Básica, junta agora também o CMR Sul. Do grande passou-se ao enorme», considerou o PSD.
Numa reação à aprovação de um novo modelo de gestão das unidades hospitalares do Algarve, pelo Conselho de Ministros, os social-democratas consideraram ainda que a provável mudança de administração dos hospitais do Algarve apenas servirá como «álibi para dizer que a responsabilidade [pelos problemas do Serviço Nacional de Saúde da região] não é do Governo».
Administração que «cometeu erros, é certo, mas a quem não pode ser imputada a exclusiva responsabilidade pelos resultados mais negativos de sempre nos hospitais do Algarve, que se registaram em 2016».
«Pelo contrário, este Governo não tomou as medidas indispensáveis para melhorar a oferta assistencial na região – sempre em défice há longos anos -, fosse para fixar médicos, fosse para elevar níveis de investimento, fosse para diminuir filas de espera ou evitar um aumento exponencial do custo do SNS no recurso a privados. Além do mais, a parte que melhor funcionava, as urgências, estão a registar falhas clamorosas que colocam em causa o socorro das populações», defendem.
Para o PSD/Algarve, os problemas do SNS do Algarve «apenas encontrarão solução no quadro legislativo e não serão debeladas por qualquer administração».
«Espera-se, por isso, que o Governo faça jus às palavras do Sr. Ministro da Saúde quando, em Março de 2016, se comprometeu a que os principais problemas da saúde na região seriam solucionados no prazo de três meses e desafiou os presentes a que cobrassem essas palavras. É o que estamos a fazer», concluiriam os social-democratas algarvios.
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