Incêndio no Retail Park da Guia está dominado, mas rescaldo continua durante a noite

O incêndio que deflagrou esta tarde no armazém da empresa “Neoparts”, no Retail Park da Guia, foi dado como dominado cerca das […]

O incêndio que deflagrou esta tarde no armazém da empresa “Neoparts”, no Retail Park da Guia, foi dado como dominado cerca das 22h30, mas os trabalhos de extinção e rescaldo prolongam-se até à manhã desta quinta-feira. As chamas destruíram quase por completo as instalações desta empresa do ramo automóvel.

António Coelho, comandante dos Bombeiros de Albufeira, explicou aos jornalistas que, depois de dominado o incêndio, «toda a superfície vai ter de ser muito bem molhada» e que há partes da estrutura que «ameaçam ruir», o que levou a que o Serviço Municipal de Proteção Civil de Albufeira tivesse mobilizado uma retroescavadora para apoiar as operações.

O incêndio ainda não tem origem conhecida, mas sabe-se que, no interior do armazém, estavam «cerca de 20 veículos» da empresa, que terão ficado destruídos.

Os Bombeiros demoraram oito minutos a chegar ao local (a partir de Albufeira), enfrentando, segundo o comandante, «problemas com o congestionamento da EN125». Ainda assim, apesar da rápida resposta, quando chegaram ao teatro das operações encontraram «praticamente todo o recheio já a arder».

Além disto depararam-se com outro constrangimento: o alerta, dado às 19h20, dava conta, no início, de que se tratava de um incêndio florestal, o que complicou o despacho de meios. Só «depois foi dada nota de que era um armazém a arder», explicou o comandante.

As elevadas temperaturas dentro do armazém  foram um dos obstáculos que os Bombeiros enfrentaram, assim como a falta de água.

«Neste momento, a rede pública não tem água em caudal, o que levou a que os veículos percorressem alguns quilómetros para encontrar pontos de água com capacidade de enchimento rápido», adiantou o responsável. Ainda assim, garantiu, «nunca faltou água».

Carlos Saraiva estava no local e foi uma das primeiras pessoas a aperceber-se do incêndio. «Liguei a pedir socorro. Foi tudo muito rápido e ouviram-se muitas explosões», contou aos jornalistas.

Uma das paredes deste armazém desabou e Carlos Saraiva diz até ter sentido «o quente das chamas». «Isto assustou», até porque «há aqui muitos armazéns à volta» aos quais as chamas poderiam ter alastrado, acrescentou a testemunha.

Quanto à possibilidade de propagação das chamas, o comandante António Coelho disse aos jornalistas «que está conseguida, de alguma maneira, a garantia de as chamas não saem do armazém afetado».

No combate a este incêndio, estavam, cerca das 23h00, 124 bombeiros e 33 veículos.

 

Fotos: Pedro Lemos|Sul Informação

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