Festival da Caldeirada arranca amanhã em Armação de Pêra com receitas entre a tradição e a inovação

A caldeirada preta, com tinta de choco e arroz, do novo restaurante «Coentros», do jovem chef italiano Massimiliano, foi das […]

A caldeirada preta, com tinta de choco e arroz, do novo restaurante «Coentros», do jovem chef italiano Massimiliano, foi das que fez mais sucesso no sábado passado, na apresentação do “Festival da Caldeirada e do Mar”, no Mercado de Armação de Pêra.

O festival começa amanhã, 3 de Junho, e prolonga-se até dia 11, em treze dos melhores restaurantes de Armação de Pêra: Churrasqueira Balbino, Marisqueira Hera, A Tasca, Casa D’Avó, Coentros, O Casarão, O Fernando, O Pelintra, Olivalmar, O Silvense, Pôr-do-sol (no Hotel Holiday Inn), Rocha da Palha e Vista Mar.

No sábado passado, entre a azáfama das pessoas que faziam as suas compras, pairava um cheiro capaz de abrir o apetite mesmo às 10h00 da manhã, vindo da mesa onde se alinhavam tachos, panelas, de metal e de barro, e até uma cataplana, com as diferentes caldeiradas que cada restaurante participante fez e deu a provar.

Por isso, quando começaram os discursos do autarca da Junta de Freguesia de Armação, da presidente da Câmara e do presidente da Região de Turismo do Algarve, quem se tinha concentrado à volta da mesa para provar as caldeiradas, começou a ficar impaciente. Pelo meio havia muitos estrangeiros, sobretudo franceses e ingleses, que se deixaram ficar por ali, sem perceber uma palavra dos discursos (que até foram breves), mas compreendendo que, dali a pouco, haveria boa comida para provar.

 

Rosa Palma, presidente da Câmara de Silves, explicou a um casal de franceses, na língua de Voltaire, o que era a caldeirada, dizendo que é feita com muitos peixes diferentes e outros produtos, todos muito frescos. Mas eles insistiam: «mas é como a paella espanhola?» Não, nada disso, é mais como a bouillabaisse do Sul de França.

O casal de turistas provou a caldeirada armacenense, uma e outra e outra, e no fim concluiu: «muito saboroso! Muito melhor que a paella!» E com este elogio a apelar ao orgulho nacionalista luso, os dois franceses de meia idade tiveram direito a mais uma tigela cheia de caldeirada e a outro copo de bom vinho do Algarve. E ainda nem meio dia era…

A autarca silvense haveria de acrescentar que o festival «procura valorizar a caldeirada, uma tradição gastronómica muito importante aqui de Armação de Pêra, terra de pescadores e de peixe de excelência». Assim como procura consolidar a principal estância balnear do concelho de Silves como um destino de turismo gastronómico, até como forma de «ajudar os negócios locais».

Por seu lado, Desidério Silva, presidente da RTA, sublinhou a importância da gastronomia na atração dos turistas, porque também estes são cada vez mais fisgados pelo estômago.

O “Festival da Caldeirada e do Mar” é promovido pela Câmara de Silves e conta com o apoio da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, do Agrupamento de Escolas Silves Sul e da Rota dos Vinhos do Algarve.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação e Câmara Municipal de Silves

 

 

 

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