Artistas de Minerva recebem os Virgem Suta para um concerto «com menos rock e mais rendilhados» em Loulé

Os Virgem Suta aceitaram o convite para reinventar as suas canções, acompanhados pela Banda Filarmónica Artistas de Minerva, num concerto […]

Os Virgem Suta aceitaram o convite para reinventar as suas canções, acompanhados pela Banda Filarmónica Artistas de Minerva, num concerto que apresentam, em conjunto, este sábado, 24 de Junho, na Cerca do Convento, em Loulé.

O primeiro ensaio aconteceu no domingo e, pela reação de Nuno Figueiredo, um dos mentores da banda alentejana, o casamento parece ser perfeito. «Foi incrível, foi muito bom, viemos alegres e com a certeza que vai ser uma experiência ótima para todos. Temos a ideia que passou esse sentimento de gozo, de prazer de tocar, para o lado da Banda Filarmónica. No concerto, vai ser ainda melhor, porque é mais exigente e vai ser mais prazeroso».

O ciclo musical “O Longe é Aqui”, do Cine-Teatro Louletano, já tinha juntado os Artistas de Minerva com Jorge Palma, em maio do ano passado, e este ano a proposta foi feita a Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo.

O duo alentejano admite que se trata de uma proposta que obriga a uma interação bem diferente da que estão habituados, sendo a primeira vez que vão tocar com tanta gente no mesmo palco, mas era algo que já tinham tentado antes.

«Já tínhamos feito, em maquetes, alguns arranjos para naipes de metais e cordas, mas nunca passou do campo da primeira experiência. Agora foi uma grande surpresa e percebemos que funciona muito bem. As alterações passaram por adaptarmos alguns dos arranjos que fazíamos em guitarra para outros instrumentos e noutros casos simplificámos um pouco as coisas» declarou Nuno Figueiredo ao Musicália-Sul Informação.

A Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva celebrou o ano passado seu 140º aniversário, mas, como afirma do diretor artístico José Branco, mantém um espírito jovem e aceita de bom grado estes novos desafios. «Já fizemos concertos com vários maestros, com coro, até com um grupo de teatro de improviso. Sai do âmbito dos desfiles, dos concertos, das procissões e dos encontros das bandas filarmónicas. É um desafio muito mais interessante que nos obriga a ter mais trabalho, mais responsabilidade e outra postura no trabalho das obras», explicou.

A adaptação das músicas dos Virgem Suta foi feita pelo saxofonista algarvio Lino Guerreiro, que já tinha realizado os arranjos para o concerto com Jorge Palma. Sendo um profundo conhecedor da realidade e capacidades deste tipo de bandas, «sabe até onde uma filarmónica pode chegar».

Houve, depois, um longo trabalho de casa para os músicos e diretor da orquestra, para que o primeiro ensaio tenha agradado a todos «Quando lá chegámos, já vínhamos com muitos ensaios, muito trabalho. No início foi muito difícil, mas não queríamos desistir. Não pela dificuldade da música, mas porque sentíamos que algo não se estava a encaixar. Depois de lidos os papeis, nos primeiros ensaios, optámos por tocar com a gravação das músicas originais, percebemos melhor os arranjos e isso veio facilitar muito a nossa tarefa», confidencia José Branco. Foi assim possível chegar ao primeiro encontro entre a banda e os músicos, escolher o tema com a qual estavam mais à vontade e “quebrar o gelo”.

O espetáculo tem a condução de João Branco, que convidou também o filho, Pedro Branco, diretor artístico da banda escolar dos alunos da Associação, para uma estreia, com a direção de quatro peças deste concerto.

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