Navegadores de várias idades foram à escola na Fortaleza de Sagres [com vídeo]

Ajudaram a erguer uma caravela, viajaram pelo mundo sem sair do lugar, através de mapas e cartas do século XVI, […]

Ajudaram a erguer uma caravela, viajaram pelo mundo sem sair do lugar, através de mapas e cartas do século XVI, usaram instrumentos de navegação bem antigos, viram como o sol nos pode indicar que horas são e até tiveram a oportunidade de conhecer alguns dos alimentos que Portugal trouxe dos novos mundos que deu ao mundo.

A Nova Escola de Sagres acolheu “alunos” de várias idades, desde crianças a seniores, nos dias 19 e 20 de Maio, para recordar a grande dinâmica cientifica e tecnológica trazida para o Algarve pelo Infante D. Henrique, no local onde, diz o mito, tudo se passou: a Fortaleza de Sagres.

O Centro Ciência Viva de Lagos fez-se à estrada e “instalou-se” por dois dias neste emblemático monumento, o principal cartão de visita cultural do Algarve, já que é o mais visitado da região. E se alguns dos participantes foram convidados, como os grupos vindos de escolas e trazidos por instituições locais, houve muitos turistas que entraram na Fortaleza de Sagres para a visitar e acabaram por se juntar às atividades que estavam a decorrer. E nem o forte vento que soprava na sexta-feira os demoveu.

 

 

«Está a correr muito bem. O único ponto menos positivo é o vento, mas, falar de Sagres e não falar de vento, é difícil. De resto, tudo está a correr dentro da normalidade. Há uma paisagem envolvente fantástica, pois este local, além das suas caraterísticas históricas e emotivas, tem um contexto natural que remete para o passado, mas também para o futuro. Conseguimos realizar todas as atividades, só tivemos alguns constrangimentos na montagem da Caravela. Mas os objetivos foram plenamente atingidos», resumiu ao Sul Informação o diretor do CCV de Lagos Luís Azevedo Rodrigues.

E os objetivos eram claros: «Divulgar a ciência e tecnologia não só da altura dos Descobrimentos, mas também fazer a ponte para uma Nova Escola de Sagres, com a tecnologia e conhecimentos do século XXI».

Assim, este acabou por ser um casamento perfeito entre a ciência e o conhecimento e a história e divulgação do património, enquadrada pelo programa DiVaM da Direção Regional de Cultura, que visa valorizar e divulgar os monumentos do Algarve. Neste caso, o promotor da iniciativa foi o Centro Ciência Viva de Lagos, que já tem trabalhado este tema nas suas instalações, nomeadamente a montagem de uma réplica de dez metros de uma caravela, embarcação usada pelos portugueses nos Descobrimentos.

 

«Penso que correu muito bem. As crianças reagiram muito bem às diferentes oficinas. Também houve muitos turistas que visitaram a Fortaleza e que acabaram por usufruir das atividades», realçou  Alexandra Gonçalves, diretora regional de Cultura do Algarve.

Esta é, na sua visão, uma experiência «a repetir», até porque se enquadra perfeitamente nos objetivos do DiVaM.

Da parte do CCV de Lagos, há vontade de voltar a levar a Nova Escola de Sagres à Fortaleza. «Foi um projeto com resultados bastante positivos. O público gostou, nós também gostámos de o realizar e tivemos feedback positivo da parte da Direção Regional de Cultura, que gere o DiVaM. Ponderamos candidatar o evento de novo, mas não depende só de nós», ilustrou Luís Azevedo Rodrigues.

Até lá, há a garantia de que a atividade com a caravela, que foi a âncora deste evento, vai voltar a realizar-se no Verão, ainda em data a definir. «Vai fazer parte do programa nacional da Ciência Viva no Verão, que ainda está a ser fechado. Vamos realizar esta atividade no centro, mas não será uma repetição da Nova Escola de Sagres», apesar de contar com a exposição de instrumentos de marear, entre outras ações complementares.

 

Veja as fotos do evento Nova Escola de Sagres:

Fotos: Ana Madeira | Sul Informação

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