Caminhadas, arte e muito convívio deram vida à aldeia do Ameixial

O Festival de Caminhadas voltou a trazer centenas de visitantes e bons negócios à pequena aldeia do Ameixial, no interior […]

O Festival de Caminhadas voltou a trazer centenas de visitantes e bons negócios à pequena aldeia do Ameixial, no interior do concelho de Loulé. Entre 28 de Abril e 1 de Maio, foram muitos os que subiram a Serra do Caldeirão para participar nas atividades propostas pelos organizadores do Walking Festival Ameixial (WFA), a maioria delas caminhadas, mas também sugestões culturais e ligadas ao património local, bem como momentos de convívio.

À quinta edição, o evento continua a crescer em termos de participantes e no retorno económico para o território onde se realiza, o que leva a organização do WFA a considerar que o resultado foi «francamente positivo».

«Do ponto de vista do retorno económico, provavelmente foi o dobro em relação ao ano passado. Só por nós, passaram mais de 500 refeições, mas sabemos que os estabelecimentos daqui venderam muitas mais diretamente. Em três dias, ultrapassaram-se, seguramente, as mil refeições. Também crescemos ao nível dos participantes. Tivemos mais de mil participações nas atividades», revelou João Ministro, da ProActiveTur, empresa que organiza o festival promovido pela Cooperativa Qrer (Projeto Querença), com o apoio da Câmara de Loulé e da Região de Turismo do Algarve.

«Tivemos muitas atividades novas, algumas das quais com grande sucesso, como a caminhada com burros. A maioria das saídas esteve esgotada. Mas o ponto alto, pelo retorno que tivemos, foi o passeio que organizámos com utentes da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal. Aqueles que se juntaram à caminhada adoraram, foi um momento muito emotivo», acrescentou.

O Festival terminou, mas o seu espírito continua todo o ano. Desde logo nos vestígios arqueológicos da Escrita do Sudoeste e de povos que viveram neste território, há milénios, intimamente ligados ao WFA. Mas também nas instalações artísticas de Sara Navarro, que voltou ao Ameixial em 2017 e deixou a sua marca.

A obra da artista algarvia foi, entretanto, aproveitada para a criação de uma nova rota de visitação, que passa nos murais que se espalham pela aldeia do Ameixial e arredores, inspirados na Escrita do Sudoeste. «Já foi produzido um folheto relativo ao itinerário, acessível no Museu e no Posto de Turismo de Loulé», disse João Ministro.

«Temos estado a receber feedback muito positivo de quem participou. Sabemos que há coisas a melhorar, mas acho que conseguimos superar o que tínhamos feito em anos anteriores», rematou o membro da organização do evento.

Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação / WFA / Pedro Barros|Projeto Estela

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