Vem aí mais uma nuvem de poeiras do Norte de África

Portugal Continental deverá ser influenciado, durante o dia de amanhã, dia 13 de Abril, por uma massa de ar com […]

Portugal Continental deverá ser influenciado, durante o dia de amanhã, dia 13 de Abril, por uma massa de ar com origem no Norte de África, transportando na circulação partículas e poeiras em suspensão. A situação poderá ainda manter-se na Sexta-Feira Santa, dia 14 de Abril.

A Agência Portuguesa do Ambiente avisa que este fenómeno natural poderá afetar a qualidade do ar ambiente, estimando-se que possa contribuir para um aumento das concentrações de partículas em suspensão em todas as regiões do país.

De acordo com a informação da APA, na origem desta situação está «um anticiclone localizado a sudoeste das Ilhas Britânicas e uma depressão centrada a norte dos Açores, resultando numa circulação de oeste nos níveis baixos da atmosfera, que não será ainda suficiente para desalojar a massa de ar formada sobre os desertos do Norte de África e que tem contribuindo, nos últimos dias, para o aumento de partículas e poeiras em suspensão».

A APA explica que, «ocasionalmente observa-se na atmosfera a presença de partículas e poeiras em suspensão, identificáveis pela tonalidade amarelada ou esbranquiçada do céu, que podem estar associadas quer a tempo seco, quer à ocorrência de ‘chuva de lamas’ e que deixam as superfícies expostas ao ar, cobertas de poeiras».

Estes dois tipos de eventos naturais têm a mesma génese, constituem massas de ar que são formadas sobre grandes regiões secas e áridas, como os desertos do Sahara e Sahel, e que transportadas pela circulação atmosférica, podem alcançar regiões distantes.

Quando o mecanismo de transporte destas massas de ar está associado a circulações como fluxos de corrente de sudeste, ou mesmo recirculações regionais, sem ocorrência de precipitação, «a presença destas massas de ar sobre uma região poderá ter impacto na qualidade do ar que respiramos», salienta a APA.

«O impacto depende da intensidade do fenómeno e da quantidade de material particulado que atinge os níveis de superfície». Por isso, «a monitorização diária destes fenómenos é importante para identificar a contribuição de poluentes naturais na qualidade do ar que respiramos».

Em Fevereiro passado, o Algarve foi atingido por um fenómeno destes, mas sob a forma de “chuva de lama”, que deixou marcas em especial nos automóveis e espaços ao ar livre de toda a região, como o Sul Informação então deu conta.

Durante a ocorrência destes fenómenos provocados por partículas/poeiras de origem natural e enquanto se mantiverem, a Direção Geral de Saúde recomenda que a população em geral evite os esforços prolongados, limite a atividade física ao ar livre e a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.

Especiais cuidados devem ser tomados pelos cidadãos mais vulneráveis, nomeadamente crianças, idosos, doentes com problemas respiratórios crónicos, principalmente asma e doentes do foro cardiovascular, que devem se possível, permanecer no interior dos edifícios com as janelas fechadas.

Em caso de agravamento de sintomas, a DGS aconselha a contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou procurar uma unidade de saúde.

Comentários

pub