Procissão dos Painéis mantém tradição da Semana Santa em Albufeira

Da quinhentista Capela da Misericórdia de Albufeira, sai esta noite, às 21h00, a Procissão dos Painéis da Santa Casa da […]

Da quinhentista Capela da Misericórdia de Albufeira, sai esta noite, às 21h00, a Procissão dos Painéis da Santa Casa da Misericórdia, empunhados pelos membros da Irmandade na celebração da Quinta-Feira Santa.

Amanhã, Sexta-Feira Santa, realiza-se a Procissão do Senhor Morto, na qual, sob um pálio, seguirá o “tumbinho” com o corpo de Jesus Cristo. É a tradição religiosa a marcar um dos momentos mais emblemáticos do calendário cristão.

A Procissão dos Painéis da Misericórdia, promovida pela Irmandade, é uma das mais imponentes manifestações religiosas, recuperada recente no Município de Albufeira.

O cortejo terá início na Capela da Misericórdia de Albufeira, passando pela Igreja de Santa Ana e terminando na Igreja Matriz, onde terá lugar a Adoração do Santíssimo.

O préstito, acompanhado pelo som da matraca e pelo ritmo dos tambores, realiza-se com a iluminação da rede pública desligada, criando um ambiente místico, acentuado pela luz das velas, archotes e candeias que iluminam o percurso.

Estes painéis, provavelmente do século XVII, são pertença da Misericórdia, representando Cenas da Paixão de Cristo.

No dia seguinte, Sexta-feira Santa, haverá aquela que é popularmente designada como “Procissão do Senhor Morto”. Trata-se da Procissão da Paixão do Senhor com Adoração da Cruz e Comunhão e Procissão do Enterro do Senhor. A cerimónia começa às 17h00, na Igreja Matriz e a procissão passará pelas ruas do Centro Histórico da cidade. A acompanhar estas Procissões, os Escuteiros também marcam a sua presença.

A Capela da Misericórdia de Albufeira, até ao ano de 1499, foi o espaço de uma antiga mesquita muçulmana. Foi afetada pelo terramoto de 1755, tendo-se depois procedido à reconstrução do primitivo corpo e do portal em estilo gótico.

No seu interior, salienta-se um retábulo de talha onde se encontra uma imagem da Nossa Senhora da Visitação e do Senhor Morto e, ainda, o túmulo de Rui Dias, que possivelmente teria sido Alcaide do Castelo.

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