Peixes “criticamente em perigo de extinção” voltam ao meio natural na ribeira de Odelouca

Seiscentos peixes reproduzidos em cativeiro, das espécies Boga-do-sudoeste (Iberochondrostoma almacai) e Escalo-do-Arade (Squalius aradensis), ambas “Criticamente em Perigo” de extinção, […]

Seiscentos peixes reproduzidos em cativeiro, das espécies Boga-do-sudoeste (Iberochondrostoma almacai) e Escalo-do-Arade (Squalius aradensis), ambas “Criticamente em Perigo” de extinção, vão amanhã ser libertados na ribeira de Odelouca, na zona de Alferce (Monchique).

Esta libertação surge no âmbito do projeto ”Conservação ex situ de organismos fluviais”, dinamizado pela Quercus, Aquário Vasco da Gama, MARE-ISPA e Faculdade de Medicina Veterinária, e conta como parceiros a Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos e as Águas do Algarve.

O projeto está em curso desde 2008, com o objetivo reproduzir e manter populações ex situ de algumas das espécies de peixes de água doce mais ameaçadas no nosso país.

No âmbito deste projeto, a reprodução de peixes em cativeiro é desenvolvida em instalações do Aquário Vasco da Gama, situado no concelho de Oeiras, e no Posto Aquícola de Campelo, estrutura disponibilizada pelo Município de Figueiró dos Vinhos e gerida pela Quercus, no âmbito de uma parceria estabelecida.

Segundo a Quercus, «no final do processo de reprodução e ambientação em cativeiro, os repovoamentos de peixes são efetuados em troços dos rios de origem (dos indivíduos inicialmente capturados para reprodutores) que apresentem características favoráveis à sobrevivência e reprodução dos peixes».

«Sempre que possível, estes troços encontram-se associados a projetos de recuperação de linhas de água, envolvendo cidadãos e entidades que localmente efetuam uma monitorização mais ou menos formal destas bacias hidrográficas». É o caso no Algarve, onde o troço da ribeira de Odelouca está associado às medidas de mitigação ambiental devidas pela construção da barragem de Odelouca.

Comentários

pub