oLUDO apresentam “Abraço” em concerto intimista e «sem muletas» em Olhão

Os olhanenses oLUDO vão revelar este sábado, às 21h30, no Auditório Municipal de Olhão, “Abraço”, o mais recente trabalho da […]

Os olhanenses oLUDO vão revelar este sábado, às 21h30, no Auditório Municipal de Olhão, “Abraço”, o mais recente trabalho da banda. Este será um concerto intimista, que mostra, pela primeira vez, os dez temas que completam o novo álbum.

«É um concerto com uma visita intensiva e arranjada aos temas novos e também a alguns dos temas antigos, que as pessoas conhecem melhor e também vão querer ouvir» afirma Luís Leal, baterista da banda, em conversa com o Musicália | Sul Informação.

Já o guitarrista João Batista, acrescenta que «temos algumas ideias» para o concerto, «estou a lembrar-me agora de duas ou três, que passam, não só por dar outras roupagens às músicas, mas por dar algum andamento, um bocadinho mais de batida de volume. Há-de ser um pouco por aí».

Os músicos garantem que o concerto não mostrará grandes diferenças nas músicas mais antigas mas, com a contribuição do Luís Leal, que não pertencia à banda quando foi criada, terão «outras ideias, outras aproximações».

Sendo a primeira vez que apresentam os temas do novo álbum ao vivo, oLUDO encaram o espetáculo como especial, porque confessam que o local também determina a forma como a banda se apresenta em palco.

«As audiências e o sítio onde se toca afetam a interpretação do músico. Tocar num auditório é diferente de tocar num festival, a atitude e a forma como se “mete a mão” são diferentes», explica Luís Leal.

O clima será de festa, com muitos convidados, que participaram «nesta grande produção que acontece há mais de um ano», afirma o baterista.

Quanto a músicos “extra” a escolha recai apenas em Teresa Aleixo que, mais do que convidada, já faz parte da “família”, porque a intenção é, acima de tudo, mostrar a banda na sua essência.

«É sempre mais fácil convidar muitas pessoas, porque há mais dinâmica em palco, mas queremos que seja mesmo oLUDO cru, que sejam as músicas pelas músicas, pelo seu valor e achámos que a aposta correta seria apresentarmo-nos em palco sem ajudas, sem muletas», explica Luis Leal.

São quase seis anos a separar o álbum de estreia “Almirante” e este “Abraço”. A ausência, por motivos profissionais do vocalista, Davide Anjos, explica, em parte, o hiato, mas a integração do Luís Leal como um novo elemento, é, para João Batista, o motivo fundamental.

«Queríamos que fosse integrado a 100 por cento e isso passou por um processo de adaptação. Às vezes, é difícil dar o espaço necessário, porque estamos a trabalhar há muito tempo da mesma forma e com a mesma sonoridade e é difícil permitirmos determinadas incursões musicais, que podem entrar em choque. Mas aqui não foi esse o caso».

Apesar de os músicos já terem partilhados outros projetos de covers, a entrega necessária a uma banda de originais, onde cada um dá mais «de si, das suas influências, do que sente» levou-os a precisar de tempo para que se conhecessem e atrasassem um novo lançamento.

Quanto à sonoridade conseguida no “Abraço”, há a procura de novos caminhos, contando com novas influências, como com as que foram trazidas do outro lado do Atlântico, pelo vocalista Davide Anjos.

«Houve uma preocupação em atualizar a sonoridade da banda, utilizando elementos eletrónicos e sonoros. Na construção musical, procurámos simplificar e chegar mais perto de um maior número de pessoas», remata Luís Leal.

Depois da apresentação em Olhão, a banda ruma a Lisboa para estender o “Abraço” ao Teatro do Bairro, no dia 13 de Abril.

oLUDO são:
Davide Anjos – Vozes, guitarras,
João Baptista – Guitarras e vozes
Nuno Campos – Piano e teclados
Paulo Ferreirim – Baixo
Luís Leal – Bateria

Pode ouvir Abraço no Spotify aqui.

A entrevista completa:

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