Municípios do Algarve criam incentivos para reforçar recrutamento de Bombeiros

A AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve anunciou este domingo que vai «iniciar o processo que levará ainda este ano […]

A AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve anunciou este domingo que vai «iniciar o processo que levará ainda este ano ao reforço de apoios às corporações de bombeiros da região», de modo a aumentar o recrutamento de efetivos.

Esta decisão surge no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais e depois de os municípios do Algarve terem verificado ser «cada vez maior» a dificuldade de recrutar novos bombeiros para as corporações municipais e voluntárias.

O Algarve tem 1207 bombeiros profissionais e voluntários, mas Rui André, presidente da Câmara de Monchique e da Assembleia Geral da Federação de Bombeiros do Algarve, considera que é necessário contratar mais 300, para reforçar o efetivo no Verão.

«Perante a urgência de reforçar as equipas das corporações, os municípios decidiram avançar com um estudo que vai determinar novas estratégias que facilitem a tarefa de recrutamento de pessoal», acrescentou a AMAL, que esteve reunida na sexta-feira passada para debater esta questão que lhe foi apresentada pela Federação de Bombeiros do Algarve.

A nova estratégia passará pela «criação de benefícios a atribuir aos elementos das corporações de Bombeiros».

Para elaborar este estudo, a AMAL designou os municípios de Monchique e São Brás de Alportel como os responsáveis pela coordenação deste levantamento, «uma vez que são concelhos integrados em território rural e com melhores conhecimentos da dificuldade em constituir equipas de intervenção para combater  incêndios florestais».

Depois de, no ano passado, a AMAL ter já atribuído um subsídio extra de 15 euros por cada turno de 24 horas, a acrescentar aos 45 euros pagos pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, os municípios algarvios querem agora criar um pacote de incentivos que facilite o recrutamento de bombeiros, tarefa especialmente difícil quando eles são mais necessários, no Verão, pelo facto de, nessa época, haver muita oferta de emprego mais bem remunerado e mais seguro.

«Há falta de bombeiros quando eles são mais necessários, por isso temos que ser criativos na hora de pensar nos possíveis incentivos», disse ao Sul Informação o autarca Rui André.

A AMAL recorda que, no Verão do ano passado, a 3 de Setembro, o concelho de Monchique foi fustigado por um incêndio que se propagou até ao concelho de Portimão, durante o qual arderam mais de 2200 hectares e estiveram envolvidos cerca de 600 operacionais.

A época mais crítica para a ocorrência de incêndios, designada por Fase Charlie, começa a 1 de Julho.

 

Nota: corrigido às 10h15 de dia 10, alterando a duração dos turnos dos bombeiros aos quais são pagos os subsídios de 15 euros, que são de 24 horas

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