Loulé fala sobre o seu papel no 25 de Abril

“A Revolução no Algarve e o Algarve na Revolução: o caso de Loulé” é o tema da conferência, a cargo […]

“A Revolução no Algarve e o Algarve na Revolução: o caso de Loulé” é o tema da conferência, a cargo de Maria João Raminhos Duarte, que se irá realizar este sábado, dia 22, às 15h00, no Arquivo Municipal de Loulé.

O objeto de estudo para esta conferência são as movimentações militares na região «sendo identificados os protagonistas, as resistências e as reações dos militares, bem como os seus efeitos na sociedade algarvia nos dias agitados que se seguiram ao golpe militar e ao processo imediato que conduziu à instituição do regime democrático a sul», diz a Câmara de Loulé.

Até porque, segundo a autarquia, o contributo dos algarvios no golpe militar foi «em alguns casos decisivo».

«A História da implantação do regime democrático ainda está por fazer pois o país distante da capital ainda não foi abrangido pela historiografia contemporânea. Aprofundar o conhecimento sobre o 25 de Abril vai além da História. É, de certa forma, promover um desígnio nacional que faz cumprir a democracia: é essa a intenção maior desta conferência», considera a Câmara de Loulé.

Maria João Raminhos Duarte irá, então, procurar responder a questões como a integração do Algarve nos preparativos revolucionários, qual a importância do seu contributo, que personalidades tomaram parte, de forma direta ou indireta, na revolta, quem emergiu e quem tomou posição, qual a atitude das forças da manutenção da ordem pública no decorrer da revolução, quais as motivações que levaram muitos a intervir na vida política, e quais as expectativas que se colocavam na época.

A conferencista é doutorada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, docente na Escola EB 2,3 Engenheiro Nuno Mergulhão e professora auxiliar no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, em Portimão.

Além disto é investigadora associada do Grupo de Estudos do Trabalho e dos Conflitos Sociais, doutorada integrada do Instituto de História Contemporânea/Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e formadora acreditada pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua da Universidade do Minho.

Autora de produção científica sobre os industriais conserveiros, o movimento operário corticeiro e conserveiro, a instituição do Estado Novo, a oposição ao Estado Novo, os movimentos femininos, a educação e assistência, ou a implantação do regime democrático, Maria Raminhos Duarte tem também dado «inúmeros e relevantes contributos biográficos de História Contemporânea algarvia», refere a Câmara de Loulé.

Esta iniciativa integra-se no ciclo “O Documento que se segue” e no programa comemorativo do 25 de Abril, tendo entrada livre.

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