FIMA prossegue em Abril com música barroca, sacra e de câmara

 Os “Concertos Brandeburgueses” vão ser interpretados pela Academy of Ancient Music esta sexta-feira, dia 21, às 21h00, na Igreja do […]

Bojan Čičić

 Os “Concertos Brandeburgueses” vão ser interpretados pela Academy of Ancient Music esta sexta-feira, dia 21, às 21h00, na Igreja do Carmo em Tavira, no âmbito da 32ª edição do FIMA – Festival Internacional de Música do Algarve. O festival prossegue, até final do mês, com música barroca, sacra e de câmara.

A Academy of Ancient Music, dirigida pelo violinista Bojan Čičić, interpreta música do período barroco e clássico, respeitando os padrões interpretativos originais, e vai apresentar um reportório de Bach e Telemann, representantes do Barroco nos seus momentos finais.

Os dois concertos Brandeburgueses de Bach, que irão ser ouvidos, pertencem a um conjunto de seis, compostos na corte calvinista de Köthen. De Telemann, um dos grandes nomes do barroco tardio alemão, mas já associado ao chamado “estilo galante”, são apresentados o “Concerto para Flauta em Mi menor” e “Burlesque de Quixotte”.

Vasco Pearce de Azevedo

A programação do FIMA prossegue no domingo, dia 23, às 11h00, na Igreja Matriz de Loulé. A “Música Sacra de Mozart” chega pelas mãos e vozes da Orquestra Clássica do Sul e do Coro de Câmara “Lisboa Cantat”, sob a direção de Vasco Pearce de Azevedo, maestro titular e diretor musical da Sinfonietta de Lisboa.

Segundo o FIMA, a «missa “In honorem Sanctissimæ Trinitatis” e alguns dos mais notáveis motetes de Mozart são apresentados de forma integrada na celebração litúrgica de domingo».

O primeiro concerto da série “Grandes Quartetos” acontece no dia 27, às 21h00, com o Quarteto de Jerusalém, no Auditório Municipal de Lagoa. O “Quarteto de Cordas nº 11, Op. 95” de Beethoven, que abre este espetáculo, é o último da sua fase intermédia, durante a qual se agravou a sua surdez.

De Prokofiev, será interpretado o “Quarteto de Cordas nº 1, Op. 50”, «de formalidade clássica mas sem abandonar uma linguagem mais contemporânea» e, de Dvorák, o “Quarteto de Cordas nº 12, Op. 96”, também conhecido como “Americano”, que «remete para a música índia e também para a de alguns espirituais, que o compositor absorveu após a sua mudança para os Estados Unidos».

Quarteto de Jerusalém

O Quarteto de Jerusalém é também o protagonista no concerto de dia 28, às 21h00, no Auditório Pedro Ruivo em Faro. Haydn, Debussy e Beethoven são os compositores que serão interpretados neste espetáculo. O “Quarteto de Cordas, Op. 64 nº 5” de Haydn, apelidado de “A Cotovia” pela evocação do canto no Allegretto inicial, abre o programa, que segue com o “Quarteto de Cordas em Sol menor” de Debussy, «onde as regras da harmonia clássica são abandonadas e se evidencia a influência de Cesar Frank e da sua sonata-cíclica» e encerra com o “Quarteto de Cordas, Op. 59 nº 1”, «uma obra em que o lirismo e o bem cuidado desenvolvimento temático se complementam admiravelmente».

O mês termina com “Serenatas e Sinfonias de Câmara”, no dia 30, às 19h00, interpretadas por agrupamentos de câmara da Orquestra Clássica do Sul, na Igreja da Misericórdia em Faro.

A “Serenata para Clarinete, Fagote, Trompete, Violino e Violoncelo, Op. 46” de Casella, é a primeira proposta para o concerto, que avança para a música de Gounod, um intermédio entre a música de câmara e quase uma pequena orquestra.

O programa do FIMA inclui a realização de 20 concertos em todo o território regional, entre os meses de Março e Maio de 2017, contando, para tal, com a colaboração dos municípios e outras entidades do Algarve para a utilização dos diversos auditórios da região, ao abrigo do programa 365 Algarve.

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