Concerto celebra Páscoa na Igreja do Carmo em Tavira

O concerto pelo «Filomúsica Ensemble», que vai interpretar a peça Stabat Mater Dolorosa, do compositor italiano barroco Giovanni Battista Pergolesi, […]

O concerto pelo «Filomúsica Ensemble», que vai interpretar a peça Stabat Mater Dolorosa, do compositor italiano barroco Giovanni Battista Pergolesi, realiza-se no dia 16 de Abril, às 18h00, na Igreja do Carmo, em Tavira, no âmbito das comemorações da Semana Santa.

Com direção musical de Kodo Yamagishi, o programa de Páscoa integra o seguinte alinhamento:
Stabat Mater Dolorosa, Cujus animam gementem, O quam tristis et afflicta, Quae moerebat et dolebat, Quis est homo, Pro peccatis suae gentis…, Vidit suum dulcem natum, Eja mater fons amoris, Fac ut ardeat cor meum, Sancta mater, istud agas, Fac ut portem Christi mortem, Inflammatus et accensus, Quando corpus morietur e Amen.

As solistas Ana Cosme (soprano) e Conceição Brandão de Sousa (meia-soprano), juntamente com as vozes de Filipa Lopes, Carolina Raposo, Ana Sêrro, Carmen Matos, Luísa Tavares, Ana Serôdio, Estrela Martinho e Madalena Paiva, acompanhadas ao violino por Luís Santos e Sónia Carvalho, à viola por Cecília Neves e ao violoncelo por Emídio Coutinho, vão ser as intérpretes.

Giovanni Battista Draghi, de alcunha Pergolesi (1710-1736) foi organista, violinista e compositor de ópera e música sacra. A imagem de Pergolesi cristalizou-se, ao longo dos séculos, com base em poucas obras. É considerado por muitos especialistas como o “pai” da ópera cómica. Só recentemente foi recuperada toda a extensão da sua obra.

«A sua música – nem sempre bem recebida – testemunha uma personalidade criativa extremamente sofisticada e complexa, restituindo-nos uma época e uma sociedade observada e interpretada através de múltiplas dimensões», diz a Câmara de Tavira.

As suas obras sacras são caracterizadas pela «solenidade e imponência, mas também pelo intimismo comovedor, onde o sagrado é entendido como fonte de experiência emocional e a divindade se revela através da tensão e da plenitude do sentimento».

«Dentro do espírito barroco, sente-se, no entanto, neste Stabat Mater uma dor contida e digna», explica a autarquia tavirense.

Nas óperas, Pergolesi começou por escrever intermezzi que seriam tocados nos intervalos de óperas sérias em dois atos, e recebeu apoio de amigos, como, por exemplo, Jean-Philippe Rameau. Também escreveu diversas árias italianas ao estilo canzone.

Outros géneros de composições de Pergolesi incluem sonatas e concertos para violinos.

Este Stabat Mater foi composto no final da sua vida, já em 1736, tal como o atesta o manuscrito, encomenda da Confraternità dei Cavalieri di San Luigi di Palazzo. Foi escrito num convento franciscano onde Pergolesi se encontrava internado com tuberculose, tendo ganho uma enorme popularidade após a sua morte.

O evento é inserido no programa “Tavira, Artes e Património”.

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