PSD quer apresentação pública do novo modelo de gestão do SNS no Algarve

O PSD quer que o Governo apresente publicamente o novo modelo de gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no […]

O PSD quer que o Governo apresente publicamente o novo modelo de gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no Algarve. Os social-democratas exigem que o modelo seja dado a conhecer aos profissionais de saúde, para que estes, que irão efetuar a sua implementação, possam «dar os contributos indispensáveis ao seu melhoramento».

Em comunicado, enviado na sequência da visita da Comissão Parlamentar de Saúde ao Algarve, o PSD algarvio diz que, «passado quase um ano e meio sobre a governação socialista, o ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes, que então prometeu um novo modelo de gestão do SNS no Algarve, continua sem anunciar uma data para o início da sua aplicação».

O PSD diz, no entanto, compreender a atitude, «pois se não existe sequer um novo modelo no papel, como poderá comprometer-se com a sua implementação?».

No entanto, segundo revelou Paulo Morgado, presidente da Administração Regional de Saúde em entrevista ao Sul Informação, a data para a implementação do novo modelo, que deverá ser o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, «está por semanas».
O novo responsável pela ARS/Algarve acrescentou mesmo que o «processo legislativo» é «complexo», sobretudo por envolver também o Ministério das Finanças, que tem os seus «próprios trâmites».

O presidente da ARS/Algarve anunciou ainda que o regulamento que até já foi tornado público vai sofrer alterações, nomeadamente para acomodar a integração, no CHUA, do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul (CMFRS), o que é uma novidade. O futuro do CMFRS é, aliás, outra das preocupações do PSD algarvio, no seu comunicado.

Os social-democratas dizem que gostariam que «o ministro da Saúde se pronunciasse em definitivo quanto ao destino a dar ao Centro de Medicina e Reabilitação do Sul (CMFRS)».

Para o PSD, «a atual indefinição quanto ao seu modelo gestionário tem levado a que muito dos seus profissionais se interroguem quanto ao seu destino profissional. É que, sem profissionais qualificados, o funcionamento do CMFRS, dentro dos elevados padrões de qualidade a que habituou os algarvios, deixará de ser uma realidade».

No comunicado, o PSD  critica ainda «a postura demagógica de um deputado socialista que no decorrer dessa mesma visita afirmou à comunicação social que o estado atual dos hospitais algarvios resulta da política do anterior Governo, “que destruiu o SNS no Algarve” e que a sua resolução não será fácil».

Os deputados social-democratas dizem que «tais afirmações só podem resultar de “má-fé” ou “ignorância”».

Por isso, o comunicado lembra que «quando o PSD foi chamado a assumir responsabilidades governativas, entre 2011 e 2015, os hospitais públicos da região se encontravam em situação de falência técnica».

O PSD diz que foi necessário inverter a situação «na medida em que o financiamento do país estava dependente da capacidade de cumprirmos o Memorando de Entendimento, negociado e subscrito pelo governo liderado por José Sócrates, cuja responsabilidade pelo estado em que deixou o país os socialistas tentam a todo o custo apagar da história recente de Portugal, e que reconhecemos ter criados diversas dificuldades ao funcionamento dos hospitais da região».

Ainda assim, dizem os social-democratas, «quando comparamos os indicadores de saúde regionais desse mesmo período com os dados atuais, constatamos que o Centro Hospitalar do Algarve (CHA), de acordo com os dados oficiais da ACSS, datados de Setembro último, atingiu o seu patamar mais baixo».

Para o PSD, «daqui se conclui que a necessidade de recursos financeiros nos nossos hospitais e tão necessária quanto à capacidade e competência daqueles que são chamados a assumir responsabilidades na sua gestão. E no que ao CHA diz respeito os números falam por si».

O comunicado pede ainda ao Governo que anuncie «que já abandonou em definitivo a construção do novo hospital central no Algarve. Não porque concordemos com essa decisão. Mas tão-somente a bem da verdade política».

Comentários

pub