Cientistas portugueses descobrem o maior polvo da Antártida

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e do National Institute of […]

Crédito da foto: Dave Allen|NIWA

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e do National Institute of Water and Atmospheric Research (NIWA) da Nova Zelândia analisou o maior polvo alguma vez encontrado na Antártida.

O polvo gigante Megaleledone setebos foi capturado a bordo do navio Antarctic Discovery, no Mar de Dumont D’Urville (Antártida), no passado mês Janeiro, onde o estudante português José Queirós estava a realizar a recolha de amostras para a sua tese de mestrado em ecologia.

Depois de congelado de imediato, o polvo só recentemente foi analisado, na Nova Zelândia, por José Xavier (supervisor de José Queirós e coordenador de projetos de ciência Antártica na Universidade de Coimbra) e colegas do NIWA.

Com 115 entímetros de comprimento e 18,5 quilos de peso, este polvo é considerado o maior indivíduo alguma vez capturado na Antártida. Até agora, só tinham sido encontrados cefalópodes desta espécie até 90 centímetros.

José Xavier e José Queirós com o polvo da Antártida – Crédito: Dave Allen|NIWA

O jovem cientista polar da UC, José Queirós, afirma que esta descoberta foi uma surpresa, porque «o meu trabalho incide em estudar o papel do Bacalhau da Antártida na cadeia alimentar antártica e perceber o que eles comem. Aparecer num anzol um polvo destas dimensões foi algo que ninguém esperava».

Por seu lado, José Xavier, coordenador do projeto, evidencia que «esta descoberta, dentro de um projeto internacional que envolveu cientistas de Portugal, Nova Zelândia, Japão e Austrália, é mais uma peça do puzzle para nos ajudar a perceber o que existe na Antártida, uma das áreas marinhas do planeta que se conhece muito pouco. Recolhemos amostras do polvo para compreender melhor a sua biologia, o seu habitat, fisiologia e o que come».

O polvo foi doado ao prestigiado Museu Te Papa, em Wellington, Nova Zelândia.

 

Autora: Cristina Pinto (Assessoria de Imprensa – Universidade de Coimbra)
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

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