Volta ao Algarve quer aumentar a notoriedade da região mostrando o seu património

A 43ª Volta ao Algarve, que vai para a estrada de 15 a 19 de Fevereiro, quer ser mais do […]

A 43ª Volta ao Algarve, que vai para a estrada de 15 a 19 de Fevereiro, quer ser mais do que uma prova desportiva e mostrar tanto as paisagens, como o património histórico da região.

A grande novidade são as transmissões televisivas, em direto, da última hora de cada etapa, na Eurosport, que levará a prova a 55 países, e na TVI24, uma forma de «multiplicar a notoriedade do Algarve», acredita Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo.

O ex-ciclista, que esteve presente na apresentação da Algarvia, realizada hoje, dia 31 de Janeiro, no edifício da Região de Turismo do Algarve (RTA), em Faro, revelou que, este ano, o orçamento da prova «duplicou» para valores próximos dos «600 mil euros».

Quanto à questão do património, Delmino Pereira disse que a prova foi desenhada com «objetivos turísticos», querendo mostrar «tudo aquilo que é o Algarve: a serra, a costa, as cidades, o Rio Guadiana, mas também os monumentos».

No que toca ao pelotão, o presidente da Federação Portuguesa disse que este ano «há um maior naipe de sprinters e contrarrelogistas», sendo que «em relação a corredores de fundo temos especialistas em provas de cinco dias».

Delmino Pereira apesar de ter revelado estar «esperançado» de que a Volta a Algarve seja a «rampa de lançamento para uma figura da época», apontou dois nomes de possíveis vencedores: Luis León Sánchez, da Astana, e Michal Kwiatkowski, da Sky.

Desidério Silva, presidente da RTA, assegurou estar muito feliz não só pela realização da Volta, «mas pelo Algarve». Isto porque o facto de esta prova já ter transmissão televisiva assegurada, o que não acontecia desde 2012, fará com que «a perceção que as pessoas têm da região fique muito acima», considerou.

Este tema também foi abordado por Luís Piçarra, diretor de produção do canal Eurosport, que revelou que «há muitos anos» que esta cadeira de televisão «queria ter a Volta ao Algarve». «O ciclismo é entretenimento também devido às paisagens e o Algarve é bonito», acrescentou.

Luís Piçarra garantiu, ainda, que a Algarvia, que será transmitida sempre ao final da tarde, terá uma «repetição em horário nobre», uma vez que à hora do direto «normalmente as pessoas ainda estão a trabalhar».

Em relação ao investimento, Jorge Botelho, presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, disse que no município que também preside (Tavira), e que vai ser palco da chegada da 4ª etapa, este «cresceu 80%», em relação ao passado.

O «esforço substancial» estendeu-se às outras Câmaras com a maior parte a «duplicar a comparticipação», acrescentou.

Desidério Silva revelou, neste sentido, que a RTA «assumiu uma verba de 150 mil euros para produção de conteúdos e transmissão da Eurosport», ao passo que a Associação Turismo do Algarve, que esteve, na apresentação da prova, representada pelo presidente Carlos Luís, colaborou com outros 150 mil euros. Estes valores, ainda assim, vão ter «um retorno brutal», nas palavras do presidente da RTA.

Tal acontece, também, porque «sem a transmissão, os corredores, para o ano, iam para outras voltas com mais visibilidade», considerou.

Custódio Moreno, diretor regional do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), reconheceu, por sua vez, que «a beleza do ciclismo é inegável, mas que a do Algarve também o é».

No que toca ao futuro, Desidério Silva disse que enquanto for presidente da RTA «não haverá outra forma» de realizar a Volta ao Algarve, até porque o modelo deste ano exigiu «uma grande luta», a nível monetário, para conseguir «garantir um contrato com a Eurosport e com quem produz os conteúdos».

 

Equipas presentes:

WorldTour: Astana (CAZ), Bora-hansgrohe (GER), Cannondale-Drapac (EUA), Dimension Data (RSA), FDJ (FRA), Katusha-Alpecin (SUI), Lotto NL-Jumbo (NED), Lotto Soudal (BEL), Movistar (ESP), Quick-Step Floors (BEL), Team Sky (GBR) e Trek-Segafredo (EUA).

Continental ProfissIonal: Caja Rural-Seguros RGA (ESP), Cofidis (FRA), Gazprom-RusVelo (RUS), Manzana Postobón (COL), Roompot-Nederlandse Loterij (NED) e Wanty-Groupe Gobert (BEL)

Continental: Efapel, LA Alumínios-Metalusa, Louletano-Hospital de Loulé, RP-Boavista, Sporting-Tavira e W52-FC Porto (POR), e Rally Cycling (EUA)

Percurso
15 de Fevereiro – 1ª Etapa: Albufeira – Lagos, 180,3 quilómetros
16 de Fevereiro – 2ª Etapa: Lagoa – Fóia (Monchique), 189,3 quilómetros
17 de Fevereiro – 3ª Etapa: Sagres – Sagres (C/R Individual), 18 quilómetros
18 de Fevereiro – 4ª Etapa: Almodôvar – Tavira, 203,4 quilómetros
19 de Fevereiro – 5ª Etapa: Loulé – Malhão, 179,2 quilómetros

 

Veja aqui as fotos da apresentação da prova:

Fotos: Pedro Lemos| Sul Informação

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