Moçoilas fazem digressão pela Serra do Caldeirão, o «berço do seu canto»

O grupo musical algarvio «Moçoilas» vai fazer uma digressão por montes e aldeias da Serra do Caldeirão, «o berço do […]

O grupo musical algarvio «Moçoilas» vai fazer uma digressão por montes e aldeias da Serra do Caldeirão, «o berço do seu canto», périplo que começa já este sábado, dia 28 de Janeiro, e termina a 12 de Fevereiro. Ao todo, estão previstas três atuações em Tavira, Loulé e São Brás de Alportel, todas elas marcadas para as 16h00.

No sábado, Relvais, na freguesia tavirense de Cachopo, recebe o primeio concerto da digressão «Contrabandos Musicais» das Moçoilas, que desde 1994 fazem «soar o canto de um povo da terra, das lides agrícolas, do fazer dos dias natural e duro pelas mãos das mulheres e dos homens». No dia seguinte, domingo, a banda ruma a Monte Ruivo, em Alte, e no dia 12 de Fevereiro, estará no Cabeço do Velho, em São Brás.

Nesta viagem, o grupo musical vai «ver, sentir, cheirar, saborear e acordar naquela luz com os sons que tantas vezes imaginamos por detrás das canções que cantamos», segundo as «Moçoilas».

«Queremos ir ouvir o galo cantar antes de qualquer alvorada despontar, queremos ir escutar o crepitar do fogo, cheirar o café tal qual sai dali daquela chocolateira e sentir o prazer do peso das enormes e pesadas mantas de lã que não deixam passar a geada nem o frio que venha de Norte», acrescenta a formação musical composta exclusivamente por mulheres.

Este digressão, dizem, é um «regresso à origem», depois de um período em que a música das «Moçoilas» se ouviu mais noutras paragens. «É fundamental voltarmos à Serra para vermos como é que a Serra está, as suas gentes, o seu palpitar. Faz tanto tempo que lá não vamos enquanto grupo…Irá ser uma festa!», garantem.

Depois desta digressão, a banda espera renovar a alma das suas canções. «Sabemos que o nosso canto vai ficar mais maduro, com mais condimentos próprios que só existem lá, nesses lugares serranos, berço do que cantamos», ilustram.

Quanto à escolha de localidades mais isoladas para promover os seus concertos, deve-se à vontade de «trazer as pessoas aos montes» e estar em contacto com o que de mais genuíno há na serra do Caldeirão.

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