GNR quer entregar «vários milhares de euros» em material furtado aos seus donos

Há um pouco de tudo: peças de joalharia, relógios, malas e mochilas, material eletrónico, material desportivo e até uma pequena […]

Há um pouco de tudo: peças de joalharia, relógios, malas e mochilas, material eletrónico, material desportivo e até uma pequena estatueta de cariz religioso.

A GNR recuperou na segunda-feira «vários milhares de euros» em material que terá sido furtado em casas de luxo, um pouco por todo o país, por um gangue detido em Loulé na passada semana, que estava em três encomendas que os membros do grupo tentaram expedir para diferentes países.

Os pacotes foram retidos no Aeroporto de Lisboa, abertos na presença de um juiz de instrução, e agora as autoridades procuram os legítimos donos das peças, não só para as restituir, mas também para melhor investigar os crimes. Para isso, os interessados terão de ir ao Posto Territorial de Loulé da GNR, cujas portas  foram abertas aos jornalistas pelo Major Paulo Santos, esta quarta-feira, de modo a conseguir uma ampla divulgação das peças apreendidas (ver fotogaleria).

O material que foi encontrado nas encomendas, cuja proveniência está a ser investigada e que pode ajudar a ligar os cinco assaltantes atualmente em prisão preventiva a mais crimes – para já, há fortes indícios que os ligam ao furto de três residências, duas no Algarve e outra em Almada – junta-se ao que já havia sido apreendido na passada semana, na altura em que os alegados ladrões, quatro chilenos e um argentino, foram detidos.

 

E a lista de bens agora recuperados é extensa, segundo revelou a GNR: 190 peças em metais preciosos, 50 relógios, uma coleção de moedas, dez bolsas de senhora, cinco perfumes, três consolas de videojogos, um tablet, uma máquina fotográfica, uma estátua/imagem religiosa, uma caneta de coleção, vestuário e calçado.

O comandante da GNR de Loulé, Major Paulo Santos, apelou, em declarações aos jornalistas, que os donos das peças «se desloquem ao posto de Loulé com a máxima urgência, no sentido de reconhecer os objetos que lhes tenham sido furtados e estejam entre estas peças».

«Têm-se deslocado aos nossos serviços algumas pessoas, têm sido identificadas algumas peças. Estamos a fazer esforços para associar este material a alguns furtos, para angariar provas para o crime que está a investigação», que neste caso está a cargo do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.

Quanto ao valor do espólio recuperado, o Major Paulo Santos é cauteloso. Apesar de admitir que há peças «com algum valor», prefere não arriscar um número, já que «esse é um trabalho que tem de ser realizado com maior minúcia».

A estimativa de que as peças valerão «vários milhares de euros, bem superior ao que foi apontado após a apreensão dos primeiros bens» só poderá pecar por defeito. Em cima da mesa repleta de bens que se suspeita terem sido furtados há algumas que aparentam ser bem valiosas, quer pela marca, quer pelas suas caraterísticas. Um bom exemplo é o relógio suíço com pedras preciosas no mostrador.

Ou seja, poderá estar em causa um saque de dezenas de milhares de euros, ou até mais, tendo em conta a presença de itens cujo valor pode ser extremamente elevado, como a estatueta recuperada.

Veja as fotografias dos bens recuperados:

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