Detetado caso de gripe aviária em garça-real no Algarve

Uma garça-real (Ardea cinerea) com gripe aviária, infetada pelo vírus influenza A do subtipo H5N8, foi detetada no concelho de […]

Uma garça-real (Ardea cinerea) com gripe aviária, infetada pelo vírus influenza A do subtipo H5N8, foi detetada no concelho de Loulé, segundo informação avançada hoje, dia 31 de Janeiro, pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

Na sequência deste caso, o nível de «alerta para a doença foi aumentado», tendo também já sido «reforçadas as medidas de proteção e vigilância na região», refere esta entidade.

A DGAV acrescenta que «foi já proibido o comércio de aves em mercados rurais, largadas de pombos, de espécies cinegéticas criadas em cativeiro e caça com negaças vivas. Foi igualmente dirigido um apelo aos detentores de aves em capoeiras domésticas para não realizarem movimentações desses animais».

Aquela entidade esclarece que «a estirpe do vírus influenza A do subtipo H5N8, sendo de alta patogenicidade para as aves, não foi até ao momento encontrada em seres humanos».

De acordo com o Aviso nº12 da DGAV, e tendo em conta que a ave infetada terá sido encontrada numa zona próxima da Ria Formosa, «as freguesias de Almancil e Montenegro são consideradas zona de restrição, sendo proibidas as movimentações de aves por um período de 21 dias, sem autorização».

Nas mesmas freguesias, aplica-se, ainda, «a vigilância clínica a todas as explorações comerciais, de detenção caseira e de aves em cativeiro com eventual colheita de amostras», acrescenta.

Este é um vírus que «tem circulado nas populações de aves selvagens e de capoeira», causando várias mortes, em especial de patos selvagens mergulhadores e gaivotas, sendo, também, «altamente patogénico» para perus e galinhas reprodutoras e poedeiras (Gallus gallus), pombos, patos e gansos.

Os contactos com as aves selvagens e explorações de aves afetadas com o vírus é uma das «possíveis fontes de infeção», segundo a Direção Geral de Alimentação e Veterinária.

Assim, o nível de introdução deste vírus «nos efetivos de aves de capoeira» está «muito associado ao nível de biossegurança» nas explorações, que previna, ou não, «o contacto direto ou indireto com as aves selvagens e seus dejetos», explica a DGAV.

A ocorrência deste caso foi já comunicada às Autoridades Europeias (Comissão Europeia) e à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Foi também comunicado às autoridades competentes para a Saúde Humana (Direção Geral de Saúde) e para a Gestão da Atividade Cinegética e Património Natural (ICNF) e ao Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da GNR (SEPNA/GNR).

A Direção Geral de Alimentação e Veterinária informa ainda que mantem «um dispositivo de vigilância sobre os efetivos avícolas em risco (aves de capoeira domésticas na região do Algarve)» e que «procederá à atualização das medidas em caso de eventuais sinais de propagação da doença».

 

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