Autárquicas: Albufeira, Monchique e Vila do Bispo ainda não têm candidato do PS

Albufeira, Monchique e Vila do Bispo ainda não têm candidatos do PS definidos para as Eleições Autárquicas de Outubro próximo. […]

Albufeira, Monchique e Vila do Bispo ainda não têm candidatos do PS definidos para as Eleições Autárquicas de Outubro próximo. Se, nos dois primeiros casos, ainda falta encontrar o nome que vai lutar pela conquista da Câmara, em Vila do Bispo, há a dúvida em relação a Adelino Soares, que foi eleito pelos socialistas, mas que perdeu o apoio da estrutura local do partido.

António Eusébio, presidente da Federação do PS/Algarve, e provável candidato à Câmara de Faro, explicou ao Sul Informação que o caso de Adelino Soares «está nas mãos da direção nacional do partido».

De acordo com a norma definida pelo PS a nível nacional, os presidentes eleitos pelo partido, que pretendam e possam recandidatar-se, terão o apoio socialista.

António Eusébio

«São essas as orientações do secretário-geral. Atendendo a que o atual presidente da Câmara de Vila do Bispo foi eleito pelo PS… parece-me que o assunto estará em breve fechado», considerou António Eusébio.

Já em Monchique e Albufeira «ainda não há candidatos. As comissões políticas estão a trabalhar e ainda não têm nomes».

O processo de apresentação de candidatos «deve ser concluído até Março ou Abril, até à Convenção Nacional do PS. Já temos grande parte dos nomes, faltam estas situações, mas daqui a dois meses deve estar fechado».

Se houve concelhos em que encontrar os candidatos foi uma decisão pacífica, como nos casos de possíveis reeleições (José Amarelinho, em Aljezur, Joaquina Matos, em Lagos, Jorge Botelho, em Tavira, António Pina, em Olhão, Osvaldo Gonçalves, em Alcoutim, Vitor Guerreiro, em São Brás de Alportel, Francisco Martins, em Lagoa, Vítor Aleixo, em Loulé, e Isilda Gomes, em Portimão), há outros em que houve polémica envolvida.

Fátima Matos

Silves é um desses casos. A escolha de Fátima Matos pela concelhia gerou polémica. O jornal Terra Ruiva noticiou que um grupo de militantes pediu eleições primárias e, depois de uma votação renhida, ganha por Fátima Matos, chegaram mesmo a fazer um abaixo assinado que foi enviado à Federação do PS/Algarve.

A situação de dúvida em relação à candidatura arrastou-se até esta segunda-feira à noite, quando houve reunião de militantes silvenses e, de acordo com António Eusébio, «foi dado um voto de confiança e a candidata foi aclamada de pé por todos os presentes».

Em Vila Real de Santo António, António Murta será o candidato do PS. O ex-autarca cumpriu quatro mandatos como presidente da Câmara da cidade pombalina que foram marcados, no seu final, por muita polémica, com vários processos em tribunal, muitos deles ainda por resolver. A sua candidatura também não está a ser consensual entre os militantes socialistas.

Questionado sobre se esta será uma escolha arriscada, António Eusébio disse que, «de acordo com os estatutos, a Comissão Política Concelhia votou e entendeu que era o melhor candidato. Estando votado, é uma situação que está fechada. A partir desse momento, temos de trabalhar com a equipa escolhida e com Comissão Política local para fazer o melhor desempenho, evitando que haja mais alguns ziguezagues nessa escolha. Localmente, acharam que é um dos melhores candidatos, por isso, está escolhido».

Em Castro Marim, Célia Brito foi a candidata escolhida para enfrentar o social-democrata Francisco Amaral nas eleições.

Atualmente, são dez as Câmaras Municipais com presidentes eleitos pelo PS e o objetivo dos socialistas é o de aumentar este número, se possível. «Se mantivermos as dez ou ganhando mais uma, será um resultado excelente. É nessa perspetiva que vamos trabalhar: não perder as que temos, tentando ganhar mais algumas. É um desfio enorme, mas possível», conclui o presidente dos socialistas do Algarve, ele próprio candidato anunciado a Faro, naquela que há-de ser uma renhida luta.

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