Enfermeiros da Urgência de Portimão entregam Manifesto ao secretário de Estado da Saúde

Um manifesto «por condições de trabalho dignas e cuidados de saúde de qualidade e segurança» no Hospital de Portimão, assinado […]

nuno-manjua-com-o-secretario-de-estadoUm manifesto «por condições de trabalho dignas e cuidados de saúde de qualidade e segurança» no Hospital de Portimão, assinado por perto de 50 dos 60 enfermeiros do Serviço de Urgência daquela unidade, foi esta manhã entregue ao secretário de Estado da Saúde, em Portimão.

No seu manifesto, de duas páginas, a equipa de enfermagem salienta que «somos poucos, muito poucos para dar resposta a tanta gente que se acumula em macas lado a lado, a ponto de se tocarem, esperando longas horas por um cuidado, uma resposta ou um simples olhar».

«Lê-se no cartaz afixado na parede, que alguém definiu, que o tempo de espera máximo é de 12 horas, mas a realidade é bem diferente. Chegam a ficar internados na urgência vários dias, por vezes até completar uma semana, quando na verdade nem deviam existir “internados” na urgência», denunciam ainda.

Nuno Manjua, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, explicou ao Sul Informação que o documento apresenta «um conjunto de soluções para os problemas que se vivem no Hospital de Portimão, mas que têm que ser alinhadas com outras medidas a nível dos Cuidados de Saúde Primários». «A montante, tem de haver mais enfermeiros para ajudar a prevenir a doença e para tratar o que for possível, evitando assim as idas à urgência dos hospitais».

Nuno Manjua defendeu ainda que tem que haver «outra dinâmica na gestão das altas e dos internamentos», para que, «depois de resolvidas as situações agudas, não haja “internamentos” na urgência, à espera de saber o que fazer com aquele doente».

O dirigente do Sindicato dos Enfermeiros no Algarve acrescentou que a anunciada separação dos hospitais de Faro e de Portimão, com o fim do Centro Hospitalar do Algarve, «não resolve os problemas, que já existiam antes do CHA ser criado».

Isso mesmo disse o Sindicato numa carta que deveria ter sido hoje entregue ao ministro da Saúde, que acabou por não visitar o Algarve, sendo substituído pelo seu secretário de Estado. Na carta, a que o Sul Informação teve acesso, o SEP defende que «a cisão não resolverá (só por si) o problema da Urgência dos Hospital de Portimão, entre outros nesta instituição, uma vez que já existiam antes da criação do CHA».

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Nuno Manjua, com o manifesto assinado pelos enfermeiros da Urgência do Hospital de Portimão

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