Quinta da Fornalha vence Prémio Jovem Empresário Rural do Crédito Agrícola

O projeto Quinta da Fornalha, situado no interior do concelho de Castro Marim, foi o vencedor da categoria Jovem Empresário […]

Quinta da Fornalha premiadaO projeto Quinta da Fornalha, situado no interior do concelho de Castro Marim, foi o vencedor da categoria Jovem Empresário Rural do “Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola” atribuído pelo Crédito Agrícola.

O anúncio foi feito durante o seminário «Empreendedorismo e Inovação na Agricultura, Agro-indústria, Floresta e Mar», que decorreu em Lisboa, na Fundação Champalimaud, e que contou com a presença do ministro da Agricultura Luís Capoulas Santos.

A Quinta da Fornalha é uma exploração algarvia com 30 hectares, que aposta numa gestão agrícola ecológica e regenerativa, associada ao aproveitamento inteligente de todos os recursos e que promove ainda o ecoturismo e a animação, explica o Crédito Agrícola.

Além do Prémio Jovem Empresário Rural, a Quinta da Fornalha foi ainda galardoada com o 3º lugar na categoria Desenvolvimento Rural.

O “Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola”, que vai já na terceira edição e que resulta de uma parceria com a INOVISA, está dividido em seis categorias, havendo um vencedor e uma menção honrosa para cada uma, com exceção das categorias Jovem Empresário Rural e Projeto de Elevado Potencial Promovido por Associado do CA. No total, são atribuídos 40 mil euros a 10 projetos nacionais.

Na categoria Produção e Transformação, o primeiro prémio foi atribuído ao Black Block, um sistema solar híbrido para secagem agroindustrial de ervas aromáticas, fruta, cogumelos e cortiça, controlado à distância (inclusivamente através de uma app) que consome menos energia do que os equipamentos convencionais.

A menção honrosa foi para o Azeite em pó com ervas aromáticas, da empresa MC Rabaçal & Aragão, resultando da desidratação do azeite de Trás-os-Montes com maltodextrina de tapioca e adição de ervas aromáticas da região utilizado por chefes de alta gastronomia.

O sistema Arge Ruris, uma aplicação móvel para o controlo remoto de explorações de produção extensiva para animais, desenvolvida pela empresa GlobalBit, ficou em terceiro lugar. Este sistema pretende tornar mais rentável e prática a produção pecuária, nomeadamente do porco preto alentejano.

Na categoria Comercialização e Internacionalização, o vencedor foi o projeto “Lotes Reserva”, do Cantinho das Aromáticas. O projeto associa a recolha seletiva das extremidades das espécies Limonete, Erva-príncipe, Hortelã-vulgar e Tomilho-limão nos dias mais compridos do ano com o melhor método de extração, resultando numa experiência sensorial única.

A menção honrosa foi para o projeto Pôpa Art Projects, que associa uma abordagem artística à produção e experimentação de vinhos. Produtores e artistas recriam uma história ou um conceito numa garrafa de vinho.

quinta da fornalhaO terceiro lugar foi arrecadado pelo também vencedor da categoria Projeto de Elevado Potencial Promovido por Associado do CA, o Vinho da Água, da Ervideira. Trata-se de um vinho que estagia no Grande Lago do Alqueva, a 30 metros de profundidade durante oito meses, recriando-se as condições de estágio de vinhos resgatados de naufrágios.

Na categoria Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, o primeiro prémio foi atribuído ao BIOSUBSTRATPOT, um projeto do Horto da Cidade que vem substituir o uso de vasos de plástico na produção de plantas. Além de mais amigo do ambiente, por ser 100% biodegradável, o BIOSUBSTRAPOT reduz o consumo de água e de fertilizantes.

A menção honrosa foi atribuída ao Coolfarm, um software que controla a água, o ar e a luz no interior das estufas. Esta é uma ferramenta de apoio à gestão do produtor que permite analisar e avaliar a saúde das plantas, assim como integrar e analisar todos os dados da estufa.

O terceiro lugar foi para a Torre de Fluxos de Carbono em Montado de Sobreiro. Uma torre que mede as trocas de CO2 e água entre o ecossistema terrestre e a atmosfera, avaliando o impacto do stress ambiental no montado de sobreiro.

Desenvolvida pelo Instituto Superior de Agronomia, em colaboração com outras entidades como a Herdade da Machoqueira do Grou e a Corticeira Amorim, a torre de Fluxos de Carbono é única em montado de sobreiro e uma das poucas na região mediterrânica.

Na categoria Desenvolvimento Rural, a Porta do Mezio foi a grande vencedora. Trata-se de uma iniciativa da Associação Regional de Desenvolvimento do Alto Lima (ARDAL), em parceria com a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez e outras entidades, que pretende divulgar e promover o Parque Nacional da Peneda Gerês, enquanto infraestrutura potenciadora de negócios de operadores turísticos da região.

A Firerisk, a aplicação para o cidadão que reúne informação de diversas fontes sobre incêndios florestais, permitindo o acesso em tempo real ao nível de risco de incêndio, foi distinguida com a menção honrosa desta categoria. Os seus utilizadores recebem avisos sobre incêndios florestais que deflagrem na proximidade do seu terreno, sobre as áreas a limpar para proteger os seus terrenos e sobre medidas preventivas e de atuação a adotar.

O terceiro lugar foi para a já mencionada Quinta da Fornalha.

Durante o evento, o presidente do Conselho de Administração Executivo do Crédito Agrícola, Licínio Pina, sublinhou que, “com este projeto pretendemos potenciar a inovação no setor primário e agro-industrial, um setor que conhecemos como ninguém e que sabemos que tem grande potencial”.

O Crédito Agrícola, a única instituição cooperativa portuguesa, de capitais exclusivamente nacionais, está presente em todo o país e detém a segunda maior rede de Agências.

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