Obras na zona antiga de Lagoa estarão prontas «em Março, a tempo da Páscoa»

As obras de requalificação urbana na zona antiga de Lagoa vão estar prontas «em Março, a tempo da Páscoa», garantiu […]

lagoa_obras-no-centro_01As obras de requalificação urbana na zona antiga de Lagoa vão estar prontas «em Março, a tempo da Páscoa», garantiu ao Sul Informação o presidente da Câmara Municipal lagoense.

Francisco Martins admitiu que os trabalhos já em curso, no Largo Alves Roçadas, Rua Manuel de Arriaga, Praça da República e Rua Coronel Figueiredo, no miolo do centro antigo de Lagoa, «estão a criar alguns transtornos, quer às pessoas, quer aos negócios que ali se situam». No entanto, salientou o autarca, «ainda não se descobriu maneira de fazer obras sem criar transtornos».

De qualquer modo, segundo o presidente da Câmara, «as obras estão a decorrer dentro dos prazos, ou seja, deverão estar prontas em quatro meses e meio». A intervenção deveria ter começado a 3 de Outubro, mas sofreu um atraso de cerca de duas semanas, devido à falta do Plano de Segurança, que não foi entregue atempadamente pelo empreiteiro, e também porque a empresa colocou vedações que não estavam de acordo com as normas de segurança.

Francisco Martins salientou que o objetivo das obras na zona antiga de Lagoa é «dar mais espaço ao peão e voltar a atrair pessoas ao centro», criando espaços para estar, ao ar livre, nomeadamente esplanadas.

A intervenção está a ter lugar numa área de 4.820 metros quadrados e prevê a criação de «uma nova imagem, reestruturando o trânsito automóvel e  criando zonas de lazer,  onde os lagoenses e os visitantes possam apreciar a componente histórico-civilizacional, com liberdade de movimento, acessibilidade e mobilidade para todos».

«Apesar de até darmos mais espaço aos peões, vamos aumentar os lugares de estacionamento e o trânsito passará a fazer-se apenas no sentido ascendente», explicou o autarca, em entrevista ao Sul Informação.

«Os novos espaços que serão criados para as pessoas circularem a pé e usarem as ruas serão garantidos pelo novo piso e pelo mobiliário urbano, que fará a sinalização da via. Serão também criadas esplanadas». Além disso, no caso do chamado largo da praça, «a rua poderá ser fechada provisoriamente para acolher um evento, sempre que houver necessidade», disse Francisco Martins.

Entre as ações de requalificação, conta-se ainda o enterramento de todos os cabos elétricos, a construção de nova rede de águas pluviais e a pintura de fachadas. A este nível, a própria autarquia está a dar o exemplo, promovendo a «recuperação, limpeza e pintura» de um edifício antigo situado no largo Alves Roçadas, propriedade da autarquia, onde o presidente da Câmara diz querer instalar, «em breve», a Casa da Juventude, de modo a «atrair população jovem para o centro da cidade».

O objetivo de toda a intervenção em curso no centro de Lagoa é «não deixar definhar ainda mais» essa zona.

No entanto, porque as obras criaram dificuldades acrescidas à já de si complicada circulação automóvel na zona central de Lagoa, o autarca anunciou que, em breve, será reaberta ao trânsito a Rua 25 de Abril. «Iremos abrir esta rua temporariamente ao trânsito, durante um horário limitado ao longo do dia e naquele sistema de uso partilhado entre peões e automóveis, com um limite máximo de velocidade de 20 km/hora. Esperamos que esta reabertura facilite o escoamento do tráfego automóvel».

Ficará ainda por resolver, porém, a falta de sinalização das obras em curso, que põe muitos automobilistas, sobretudo os que não conhecem os meandros das ruas de Lagoa, às voltas pela cidade como baratas tontas. A sinalização do acesso a Silves, pelo centro de Lagoa, por exemplo, continua ainda como estava antes do início dos trabalhos, causando grande confusão, em especial aos turistas. Mas o presidente Francisco Martins garante que em breve vai resolver o problema.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

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