«Próximas horas vão ser fundamentais» para controlar de vez incêndio de Monchique (com fotos)

As «próximas horas vão ser fundamentais» para controlar de vez o incêndio de Monchique, que já tem «70% do seu […]

Incêndio_avião_ni_05As «próximas horas vão ser fundamentais» para controlar de vez o incêndio de Monchique, que já tem «70% do seu perímetro dominado», mas mantém ainda «uma frente a evoluir para sul», disse ao Sul Informação Richard Marques, Comandante Operacional dos Bombeiros do Algarve.

«Esperemos que agora, que temos todos os meios no terreno e com o auxílio dos nove meios aéreos, possamos, no mais breve espaço de tempo, controlar a situação», acrescentou.

Richard Marques disse ainda que hoje foram para o terreno «três pelotões militares do exército», que se ocuparam das operações de consolidação, «libertando os meios para o combate nas zonas mais preocupantes».

Depois de o incêndio, que começou há cerca de 24 horas, na encosta Norte da Serra de Monchique, ter subido até à Fóia e passado para a encosta Sul, a preocupação dos bombeiros e das demais forças de proteção civil tem hoje sido a de proteger as muitas casas dispersas que existem na zona próxima de Casais e Marmelete.

Foram também retiradas das suas habitações, por precaução, pessoas idosas e outras com mobilidade reduzida, que foram colocadas em casa de familiares, acrescentou o comandante Richard Marques.

«Por antecipação, decidimos retirar algumas pessoas por precaução, nomeadamente as mais vulneráveis, que são os idosos e pessoas com mobilidade reduzida», disse.

 

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Richard Marques adiantou que, no pico do combate, estiveram no terreno 401 operacionais, apoiados por 127 veículos, nove meios aéreos (quatro aviões e cinco helicópteros) e ainda seis máquinas de rasto.

Foi com estas máquinas de rastos que os bombeiros conseguiram abrir «estruturas de penetração», ou seja, acessos, para levar os meios de combate terrestres a zonas mais difíceis da serra.

No incêndio que começou ontem pelas 17h08, na encosta norte, os bombeiros nem sequer tiveram a habitual ajuda das temperaturas mais amenas da noite. «Na noite passada, tivemos um quadro meteorológico muito severo, com temperatura de 30ºC, 15% de humidade relativa do ar e intensificação do vento», explicou o comandante operacional do Algarve, situação que só dificultou o trabalho de combate às chamas.

Agora, graças ao reforço de meios no terreno, neste que é considerado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil como o mais grave incêndio em curso em todo o país, «as próximas horas vão ser de continuação do trabalho», esperando-se que com bons resultados.

Com uma frente ativa, o incêndio, que começou às 17h08 de sábado, na vertente Norte da serra de Monchique, na zona da Fóia, lavra agora numa zona de mato e eucaliptal, já na vertente Sul, próximo de Marmelete.

O combate ao fogo conta com o auxílio de grupos de reforço de Évora, Beja, Lisboa e de corporações de todo o Algarve.

O fogo na zona da Fóia terá sido provavelmente ateado pelo homem que ontem foi preso pela GNR, em flagrante.

Ontem, o 2º comandante operacional das Operações de Socorro do Algarve Abel Gomes tinha dito ao Sul Informação que houve «uma situação generalizada de focos de incêndio».

O primeiro deflagrou em Porto de Lagos, ainda no concelho de Portimão, tendo-se seguido muitos outros, nas Caldas de Monchique, que os bombeiros foram debelando como podiam, e que “subiram” a Serra até à Fóia. Foi aqui que foi detido o incendiário.

 
fotos: Nelson Inácio|Sul Informação

 

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