Pessoas retiradas de casa por precaução no incêndio de Monchique (com fotos)

Oito pessoas, algumas com mobilidade reduzida, foram esta madrugada retiradas de suas casas, na zona de Casais, na Serra de […]

Incêndio Casais_ni_01Oito pessoas, algumas com mobilidade reduzida, foram esta madrugada retiradas de suas casas, na zona de Casais, na Serra de Monchique, por precaução, devido ao incêndio que ontem se reativou, pelas 19h57, de forma «muito explosiva», revelou o Vaz Pinto, comandante operacional distrital do Algarve.

As chamas, que ontem ao princípio da noite progrediram de forma muito rápida, devido ao forte vento que se fazia sentir, têm duas frentes, divididas em quatro setores ativos, acrescentou a mesma fonte.

O comandante Vaz Pinto acrescentou que 40% do perímetro do incêndio está já consolidado, mas a zona afetada tem «acessos difíceis, com muita pedra e declives acentuados», dificultando a ação das máquinas de rastos e a progressão dos meios terrestres dos bombeiros.

Apesar de o fogo ter avançado, durante a noite e madrugada, num zona com muita habitação dispersa, Vaz Pinto garantiu que «nenhuma habitação foi consumida pelas chamas», embora tenham sido afetadas «ruínas e casas desabitadas», como se pode ver nas fotos.

Hoje de manhã, enquanto se aguarda a entrada em ação dos meios aéreos, as chamas estão a ser combatidas por 351 operacionais, apoiados por 116 meios técnicos, entre viaturas e máquinas de rasto. Há bombeiros de todo o Algarve envolvidos na operação, tendo já sido acionados grupos de reforço vindos de outras zonas do país.

Entretanto, nas Caldas de Monchique, pelas 6h17 minutos desta quinta-feira, dia 8 de Setembro, surgiu um novo foco de incêndio, que foi de imediato combatido por seis operacionais, com duas viaturas, e está já em fase de resolução.

O fogo que está a lavrar agora na zona de Casais é o mesmo que começou no sábado na encosta norte da Serra de Monchique, na zona da Fóia, e que se julgou controlado 26 horas depois.

As chamas têm destruído tanto povoamentos florestais de eucaliptos, como zonas com matos, sobreiros e outras árvores, zonas agrícolas e pomares em produção ou abandonados, nomeadamente em encostas com canteiros (socalcos).

Na cidade de Portimão, a mais de dezena e meia de quilómetros das frentes de chamas, sente-se um intenso cheiro a fumo.

 

Fotos: Nelson Inácio|Sul Informação

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