Incêndios da Fóia e Porto de Lagos consumiram 400 hectares em 26 horas

Os incêndios que, no fim de semana passado, atingiram a Serra de Monchique e os seus contrafortes, presumivelmente ateados pelo […]

Vista aérea da área queimada na Serra de Monchique-Foto Rui AndréOs incêndios que, no fim de semana passado, atingiram a Serra de Monchique e os seus contrafortes, presumivelmente ateados pelo homem que foi apanhado em flagrante, consumiram um total de 403 hectares, dos quais 22 na zona de Porto de Lagos e 381 na Fóia.

O incêndio de 8 e 9 de Agosto, que começou na zona de São Bartolomeu de Messines e também durou dois dias, consumiu 1782 hectares.

Os números finais foram hoje revelados durante a reunião semanal do Centro de Coordenação Operacional Distrital (CDOS) de Faro, que teve esta manhã lugar no Alto da Fóia, junto ao comando operacional, que ainda está no local, enquanto terminam as operações de rescaldo e consolidação.

Segundo os dados revelados no briefing, aberto à comunicação social, este ano, entre 1 de Janeiro e 5 de Setembro, o Algarve registou 269 fogos, que queimaram um total de 2019 hectares. «Houve menos 127 ocorrências, mas mais área ardida que no mesmo período do ano passado», disse o comandante António Coelho.

 

Briefing semanal CDOS na Fóia_1

Vaz Pinto, comandante operacional distrital, adiantou que a área ardida nos fogos de sábado e domingo se mantém «em vigilância», com a ajuda de cinco pelotões do exército.

«Hoje, ao final do dia, por volta das 20h00, espero poder desmobilizar os meios. Vamos a ver como as coisas correm», acrescentou Vaz Pinto.

Quanto ao incendiário apanhado em flagrante no sábado, junto à Barragem da Fóia, por um casal de agentes da GNR que até estava de folga, e ao qual o tribunal decretou prisão preventiva, o inspetor da Polícia Judiciária presente na reunião garantiu que o caso está «a ser alvo de investigação cuidada».

No briefing, que contou com a presença de todas as entidades ligadas à proteção civil no Algarve, desde bombeiros, GNR, PSP, Autoridade Marítima, Cruz Vermelha, Polícia Judiciária, exército, entidades privadas como a Afocelca e Aspaflobal, Câmara Municipal de Monchique e Juntas de Freguesia do concelho, foi dito que, em termos meteorológicos se prevê «a partir de hoje, um desagravamento até sábado, com menos calor, depois nova subida, e na segunda-feira de novo desagravamento». Tudo condições que obrigam o CDOS a estar bem atento ao terreno.

Clique aqui, para conhecer “o filme dos acontecimentos”.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

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