Peixes de aquacultura vão ter alimentação mais saudável e sustentável

Um consórcio liderado pela empresa algarvia Sparos, que integra as Universidades do Algarve e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) […]

AquaculturaUm consórcio liderado pela empresa algarvia Sparos, que integra as Universidades do Algarve e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e outras instituições, está a promover o projeto ALISSA – “Bases para uma alimentação saudável e sustentável para peixes de aquacultura”.

Este projeto pretende contribuir com novos conhecimentos e ferramentas práticas para uma alimentação mais saudável e sustentável para peixes de aquacultura.

“Queremos dar resposta aos desafios que a aquacultura portuguesa e europeia enfrentam ao nível da concorrência externa e exigências dos seus consumidores em termos de qualidade, padrões ambientais e preços competitivos”, afirma Paulo Rema, investigador da UTAD e especialista em aquacultura.

A alimentação constitui um dos principais custos de uma piscicultura (20-50% do custo operacional). Assim sendo, as estratégias associadas ao fornecimento de alimento “devem obedecer a parâmetros rigorosos que permitam uma nutrição otimizada, um crescimento e estado de saúde ótimos dos peixes, sempre com impacto ambiental mínimo”, esclarece Luís Conceição, um dos responsáveis da empresa Sparos, líder na área da nutrição de peixes.

O projeto ALISSA vem assim contribuir para o desenvolvimento de novos alimentos, com base em ingredientes sustentáveis e seguros, que “promovam o crescimento e a condição imune dos peixes, dentro de parâmetros de sustentabilidade económica e ambiental”.

Uma nova gama de suplementos para a alimentação de peixes vai permitir uma fortificação significativa dos alimentos atualmente utilizados em imunoestimulantes (aminoácidos, por ex.) que, fornecidos através da via alimentar, vão “tornar os peixes mais resistentes às doenças e ao maneio”.

Segundo o investigador da UTAD, os resultados deste projeto serão uma “ferramenta importante para esta área da produção animal podendo ainda contribuir para uma mudança de mentalidade do consumidor em relação ao peixe de aquacultura”.

Deste projeto multidisciplinar fazem também parte a empresa A. Coelho e Castro Lda, a Universidade do Algarve/CCMAR (UALG); o Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto/CIIMAR (ICBAS), Instituto Biologia Molecular e Celular (IBMC) e Universidade de Aveiro/CESAM.

O projeto I&DT em copromoção é cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI), e apresenta uma dotação financeira total de cerca de 1,2 milhões de euros, tendo sido aprovado em Novembro de 2015 para um período de três anos.

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