Assunção Cristas na Fatacil não comenta elogios de Hélder Amaral ao MPLA

O CDS-PP é um «partido que pugna e que trabalha pela liberdade e pelo pluralismo partidário», pelo que «todas as […]

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Assunção Cristas, presidente do CDS-PP, foi recebida na Fatacil pelo presidente da Câmara Francisco Martins

O CDS-PP é um «partido que pugna e que trabalha pela liberdade e pelo pluralismo partidário», pelo que «todas as declarações têm de ser lidas a essa luz». As palavras são de Assunção Cristas, presidente do CDS-PP, em resposta aos jornalistas que queriam saber se a líder centrista subscreve as declarações do deputado Hélder Amaral sobre o MPLA.

Assunção Cristas, que ontem à noite visitou a Fatacil, em Lagoa, acompanhada por José Pedro Caçorino, presidente dos centristas algarvios e outros dirigentes regionais e nacionais, não quis comentar as declarações de Hélder Amaral, que na quarta-feira, em Luanda, que o CDS-PP está muito mais próximo do MPLA, com o qual tem agora «muitos mais pontos em comum».

Ribeiro e Castro, ex-presidente do CDS, não gostou de ver Hélder Amaral, dirigente e deputado centrista, a elogiar o MPLA de José Eduardo dos Santos. Numa publicação na sua página de Facebook, Ribeiro e Castro diz que «ter visto no Telejornal da RTP1 o deputado do CDS-PP, depois de ter estado sentado ao lado de Paulo Portas na plateia do Congresso do MPLA, afirmar ao jornalista Paulo Catarro que tinha gostado muito de José Eduardo dos Santos, cujo discurso bem poderia ser – assegurou – um discurso de Paulo Portas num Congresso do CDS».

Com ironia, Ribeiro e Castro sugere que «esse Congresso do CDS talvez venha a contar também com a presença de delegações do Partido Comunista de Cuba, do Partido do Trabalho da Coreia do Norte, do Partido Comunista do Vietname, da FRELIMO, da Frente Polisário e do Partido Comunista da China – tudo delegações estrangeiras cuja presença em Luanda é destacada pelo influente “Jornal de Angola” ao lado da do CDS-PP. A confraternização fraterna abrirá certamente novas relações correligionárias».

E conclui, sarcástico: «não fora a sua conhecida aversão a viajar, poderíamos mesmo contar já como assegurada a presença de Kim Jong-un, a liderar a delegação do Partido do Trabalho norte-coreano».

Mas Assunção Cristas, nunca se referindo às declarações de Hélder Amaral ou às críticas, disse apenas que o seu partido continuará a manter contacto «com todos os outros partidos em Angola e certamente também com este partido [MPLA]».

«O que está em causa é o aprofundar das relações entre países», em prol «das empresas que exportam para Angola e dos portugueses que vivem» naquele país, acrescentou a líder dos centristas, na sua visita à Fatacil, defendendo a necessidade de «um relacionamento institucional, nomeadamente em países onde há uma presença portuguesa tão forte».

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