Miguel Oliveira faz volta mais rápida, mas Parkalgar desiste após segunda queda

Miguel Oliveira averbou a volta mais rápida das 12 Horas de Portimão (1min46seg087, a 155,8 km/h), mas, após uma segunda […]

DSC_0497 (Custom)Miguel Oliveira averbou a volta mais rápida das 12 Horas de Portimão (1min46seg087, a 155,8 km/h), mas, após uma segunda queda quando faltavam cerca de 45 minutos para o final da corrida, o piloto mais a sua equipa Parkalgar foram obrigados a desistir.

Eram 20h52 minutos quando, a pé, com um mecânico a trazer a sua moto à mão, Miguel Oliveira entrou na boxe da equipa portuguesa Parkalgar, que hoje teve uma jornada marcada pelos azares.

Tudo começou logo no primeiro turno de 50 minutos, com o francês Mathieu Lussiana a ser o primeiro piloto da formação algarvia a conduzir a Yamaha R1. A Parkalgar, que saiu da 5ª posição, até já tinha conseguido subir para 4º, e estava prestes a fazer a primeira rendição de pilotos, parou na pista quando…a gasolina se acabou. E a moto teve de ser rebocada até à boxe.

Explicando esse estranho episódio, que logo ali atrapalhou os planos, Paulo Pinheiro, diretor da Parkalgar Racing Team, disse ao Sul Informação que «ainda não conseguimos perceber o que aconteceu, porque, dentro dos testes que fizemos, teoricamente tínhamos gasolina para mais três voltas». Mas não foi isso que aconteceu, a equipa portuguesa perdeu tempo e quatro voltas e desceu para o último lugar.

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Miguel Oliveira conversa com o seu companheiro de equipa Miguel Praia, a explicar o que sucedeu com a mota

Mas, como ainda se estava no início da corrida, havendo muitas horas para recuperar, foi isso mesmo que a formação fez, com os três pilotos – Miguel Oliveira, Miguel Praia e Mathieu Lussiana – a darem o tudo por tudo e a conseguirem recuperar tempo e posições.

De tal forma que Oliveira fez uma primeira volta mais rápida (1min46seg291 (155,5 km/hora) e logo depois melhorou a sua própria marca (1min46seg087, 155,8 km/h), que se manteve até ao final, fazendo a equipa subir até ao 9ª lugar.

Só que, pouco tempo depois de ter averbado, pela segunda vez consecutiva, a volta mais rápida, o piloto de Moto2 caiu e danificou a sua Yamaha R1. Conseguiu voltar à prova, depois de os mecânicos terem trabalhado, na boxe, a toda a velocidade, para recuperar a moto, mas entretanto a Parkalgar desceu da 9ª para a 20ª posição.

O azar não ficaria por aqui. Quando faltavam cerca de 45 minutos para terminarem as 12 Horas de Portimão, e a Parkalgar já tinha galgado de novo cinco posições, para 15º, a «caixa de velocidades partiu-se», como revelou Paulo Pinheiro ao nosso jornal, provocando nova queda a Oliveira. Mais uma vez, não houve consequências físicas para o piloto, mas a Parkalgar foi obrigada a desistir.

No final, após regressar à boxe, Miguel Oliveira, apesar de muito aplaudido pelos seus fãs na bancada principal e no paddock, tinha a desilusão espelhada no rosto. As suas primeiras palavras foram para os companheiros de equipa, Miguel Praia e Mathieu Lussiana, a quem explicou o sucedido.

O diretor da equipa Parkalgar também estava naturalmente desiludido com o desfecho. Mas, ainda assim, fez questão de dizer, em declarações finais ao Sul Informação: «demonstrámos o potencial da nossa equipa, apesar de já há alguns anos estarmos fora destas lides. Agora vamos avaliar o que aconteceu».

As 12 Horas de Portimão acabaram por ser ganhas pela equipa da GTM94 Yamaha, seguida da Suzuki Endurance Racing Team (2º) e Honda Endurance Racing (3º).

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

 

 

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