A retificação ao Orçamento Municipal de Faro, no sentido de incluir um saldo de gerência de 5,5 milhões de euros, cerca de 4,3 milhões dos quais a destinar ao investimento, será (finalmente) votada na Reunião de Câmara de segunda-feira, às 15 horas, e tudo aponta para que seja aprovada por unanimidade.
A oposição tinha pedido, há cerca de uma semana, tempo para estudar a proposta do executivo permanente, em minoria tanto na Câmara como na Assembleia Municipal, e para propor alterações. Ontem, segunda-feira, os vereadores da oposição estiveram diversas horas reunidas com os serviços técnicos da autarquia e sugeriram alterações à proposta inicial, que vão agora ser explanadas num documento final.
Assim, além das medidas que já haviam sido anunciadas pelo executivo no dia 24 de Maio, foram adicionadas outras, nomeadamente a amortização de um milhão de euros do empréstimo feito ao Estado, ao abrigo do Plano de Apoio à Economia Local e a aquisição, por parte da autarquia, de imóveis degradados, para recuperação e inclusão no parque habitacional do município, tendo em vista a sua utilização para fins de ação social.
Segundo o presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, a proposta de amortização do PAEL foi feita pelo PS e a de aquisição de imóveis pela CDU. «Reuni-me ontem com os vereadores da oposição, que me deram algumas pistas. De alguma forma concordei com a situação e pedi que fosse redigida uma proposta com base nisso», revelou o edil farense, numa entrevista ao Sul Informação e à Rádio Universitária do Algarve, que poderá ser ouvida na íntegra esta quarta-feira, às 19h00, em 102.7 FM.
Numa reação à notícia do Sul Informação, os vereadores do PS na Câmara de Faro recusam ter proposto o abatimento de um milhão do PAEL, acrescentando que apenas propuseram «o cabimento dos loteamentos sociais de Estoi, Braciais e Montenegro, para além da reabilitação de fogos habitacionais e recuperação da pista de atletismo».
E como o dinheiro não estica, a ideia é que as obras previstas, nomeadamente as do Faro Requalifica 2 e as intervenções em edifícios municipais, possam “esticar”, de modo a que sejam, em parte, executadas em 2017 e orçamentadas no ano que vem, algo que, segundo o PS, «já ia acontecer, de qualquer das formas».
A votação da proposta e, tendo em conta as declarações dos vereadores do diferentes partidos, a aprovação por unanimidade, só não aconteceu na Reunião de Câmara desta terça-feira por não ter sido possível redigir um documento final, com as alterações acordadas ontem ao final do dia. Desta forma, a decisão foi novamente adiada.
(Atualizada às 10h15 de dia 8 de Junho com declarações de Rogério Bacalhau e reação do PS)
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