Universidade do Algarve cria Prémio Estácio da Veiga de Arqueologia e Evolução Humana

O ICArEHB (Interdisciplinary Center for Archaeology and Evolution of Human Behaviour), em parceria com a Faculdade de Ciências Humanas e […]

Estácio da VeigaO ICArEHB (Interdisciplinary Center for Archaeology and Evolution of Human Behaviour), em parceria com a Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve, anuncia hoje, 6 de maio, dia em que se assinalam 188 anos do nascimento de Estácio da Veiga, a criação do Prémio Estácio da Veiga de Arqueologia e Evolução Humana. As candidaturas deverão ser submetidas até ao próximo dia 31 de maio.

O Prémio Estácio da Veiga pretende distinguir anualmente a melhor dissertação de mestrado em Pré-História e Evolução Humana, no âmbito da interdisciplinaridade da Arqueologia e demais Ciências, nomeadamente, a Antropologia, a Primatologia e a Paleoantropologia, e consiste no pagamento das propinas do curso de Doutoramento em Arqueologia da Universidade do Algarve.

Serão admitidas a concurso dissertações originais de mestrado, redigidas em português, inglês, espanhol ou francês, concluídas até à data de apresentação da candidatura, e apresentadas em instituições de ensino superior nacionais, ou por cidadãos portugueses em instituições estrangeiras.

Serão aceites candidaturas individuais formalizadas através do envio dos seguintes documentos: um exemplar da dissertação de Mestrado em papel de acordo com as regras estabelecidas pelo estabelecimento de ensino à qual foi submetida a dissertação, e três exemplares em formato digital versão PDF; certificado de conclusão do grau de Mestre; e carta contendo a identificação do autor da dissertação de Mestrado, com referência aos números de cartão de cidadão e de identificação fiscal ou documento análogo, endereço postal e endereço eletrónico, número de telefone e/ou de telemóvel e indicação da instituição e curso em que obteve aprovação.

Esta documentação deverá ser enviada para:
rémio Estácio da Veiga
ICArEHB, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais
Universidade do Algarve,
Campus de Gambelas
8005-139 Faro

O Júri do Prémio da edição de 2016 é composto por Eugénia Cunha (Universidade de Coimbra), Luís Raposo (Museu Nacional de Arqueologia) e António Faustino de Carvalho (Universidade do Algarve).

Clique aqui para conhecer o regulamento.

 

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Quem foi Estácio da Veiga?

Sebastião Philippes Martins Estácio da Veiga (1828-1891) foi um importante arqueólogo e escritor português. Natural de Tavira, estudou no Liceu de Faro, frequentou a Escola Politécnica de Lisboa, e seguiu a carreira de oficial de secretaria da Sub-Inspecção Geral dos Correios e Postas do Reino.

Em 1876, após as fortes cheias ocorridas no Algarve, o gabinete de Fontes Pereira de Melo encarrega-o de fazer o levantamento dos vestígios arqueológicos que ficaram a descoberto, tanto nesta região (como as ruínas de Milreu), como no Alentejo.

O resultado do seu trabalho dará origem à Carta Arqueológica do Algarve (1878), culminando na fundação do Museu Arqueológico do Algarve, em Lisboa.

No ano de 1880, Estácio da Veiga secretaria o Congresso Internacional de Antropologia e de Arqueologia Pré-Histórica, em Lisboa.

Estácio da Veiga foi membro de diversas sociedades das quais se destacam a Academia das Ciências de Lisboa, o Instituto Arqueológico de Roma, a Sociedade Francesa de Arqueologia, a Real Academia de História de Madrid, a Academia Belga de Arqueologia e Instituto Arqueológico e Geográfico de Pernambuco. Teve o foro de fidalgo Cavaleiro da Casa Real, tal como o seu pai, José Agostinho Estácio da Veiga.

Do seu vasto espólio, Estácio da Veiga deixou obras como «Gibraltar e Olivença, Apontamentos para a História da Usurpação Desta Duas Praças» (1863); «Plantas da Serra de Monchique Observadas Nesse Ano», (1866); no mesmo ano publica «Os Povos Balsenses, Sua Situação Geográfica e Física, Indicada por dois Monumentos Romanos Descobertos em Tavira», seguindo-se o «Romanceiro do Algarve» (1870); «A Tábula de Bronze de Aljustrel» (1876), «Antiguidades de Mafra (1879)»; sem esquecer «As Antiguidades Monumentais do Algarve», cuja publicação ocorreu em quatro volumes, entre 1886 e 1891, e o Programa para a Instituição dos Estudos Arqueológicos em Portugal (1891), entre muitas outras.

 

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