Empresários afetados pelas cheias em Albufeira já podem recorrer a linhas de crédito

O ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral apresentou hoje, em Albufeira, duas linhas de crédito, com um valor conjunto de […]

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O ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral apresentou hoje, em Albufeira, duas linhas de crédito, com um valor conjunto de 7,5 milhões de euros para apoiar os setores do comércio e do turismo, na sequência das cheias de 1 de novembro do ano passado.

A criação destas linhas de crédito já tinha sido avançada pelos deputados eleitos pelo Algarve do PS, no início de Fevereiro, quando disseram que a sua abertura estava «por dias», mas só agora foram anunciadas pelo Ministério da Economia.

A primeira linha de crédito, de revitalização do setor do comércio, tem um montante de 3,5 milhões de euros, e a segunda, de revitalização do setor do turismo, tem 4 milhões de euros atribuídos, três deles canalizados através do Turismo de Portugal.

O ministro explicou que estas linhas de crédito bonificadas do Turismo de Portugal e IAPMEI servem «para que as empresas possam reconstruir-se e investir e para que Albufeira possa estar já agora, na Páscoa ou pelo menos no verão, em condições de receber as pessoas como recebe sempre».

Cheias Albufeira (38)A linha de crédito de apoio ao comércio vai financiar obras e substituição de equipamentos devido aos estragos provocados pelas cheias. Cada empresa pode vir a receber um máximo de 150 mil euros, sendo que as operações têm um prazo máximo de dez anos, com carência de capital máxima de três.

Já a linha de crédito para apoio à revitalização do setor do turismo, tem um prazo de financiamento até seis meses após a sua abertura, podendo ser alargado por mais seis meses, caso o montante não se esgote no primeiro prazo.

Este apoio destina-se a micro, pequenas e médias empresas e empresários em nome individual, que não tenham dívidas ao Turismo de Portugal e que tenham a situação regularizada nas Finanças e na Segurança Social.

No entanto, Caldeira Cabral explicou que empresas que não cumpram este requisito podem beneficiar da linha de crédito se assumirem, por escrito, que vão regularizar a situação no prazo de seis meses.

Os investimentos elegíveis para esta linha de crédito são semelhantes – obras e substituição de equipamentos -, mas o montante máximo por empresa é de 250 mil euros, dos quais 75% são assegurados pelo Turismo de Portugal e 25% pela banca.

Manuel Caldeira Cabral, numa curta declaração sem direito a perguntas, disse aos jornalistas que “o turismo está a viver um momento bom em Portugal. As indicações que temos são de uma enorme procura. Vamos ter muitos turistas. Vamos ter de trabalhar bem e dar o melhor de Portugal e é isso que Albufeira sabe fazer. E, por isso, estamos aqui a apoiar as empresas”.

Em relação ao Fundo de Emergência para os comerciantes, ainda não há novidades. Carlos Silva e Sousa, presidente da Câmara de Albufeira, adiantou que «ainda está a ser feita a análise» dos pedidos de ajuda de comerciantes que não tinham seguro, e que não têm meios para recuperar os seus espaços.

No entanto, o autarca diz que gostaria que este apoio estivesse disponível «o mais depressa possível».

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