Aldina Duarte, Isaura, Zambujo e Capicua entre os dez nomes do MED 2016 já anunciados

Aldina Duarte, Isaura, António Zambujo e Capicua são os primeiros artistas confirmados na edição de 2016 do Festival MED, que […]

Vítor Aleixo com Isaura e Aldina Duarte na BTLAldina Duarte, Isaura, António Zambujo e Capicua são os primeiros artistas confirmados na edição de 2016 do Festival MED, que decorrerá na zona histórica de Loulé, de 30 de Junho a 2 de Julho. A eles se juntam seis bandas internacionais, com artistas de países da Europa, África, América de Sul e do Norte, que voltam a ajudar o município algarvio a celebrar a música do Mundo, num evento que é já uma referência, a nível ibérico.

A Câmara de Loulé esteve esta quinta-feira na Bolsa de Turismo de Lisboa para lançar a edição deste ano do MED, onde teve a companhia de Aldina Duarte e Isaura, que não esconderam a expetativa positiva que têm por participar no festival.

Como vem sendo hábito nos últimos anos, a programação não foi divulgada na totalidade, optando a autarquia por ir lançando nomes, nos próximos meses, para ir satisfazendo, aos poucos, a curiosidade do público. Apesar de não serem anunciados todos os nomes, a programação está já fechada.

Assim, ontem, além dos quatro portugueses, foi anunciada a presença de Dubiosa Kolektiv (Bósnia-Herzegovina), Ana Tijoux (Chile), Emicida (Brasil), Tinariwen (Mali), Hindi Zahra (Marrocos/França) e Alo Wala (Dinamarca/Noruega/EUA).

 

Conheça melhor as bandas já confirmadas neste vídeo:

 

A 13ª edição do MED terá 75 horas de música, que serão garantidas por 55 formações musicais, que juntam mais de 250 músicos de 19 nacionalidades, que se espalharão pelos oito palcos que serão montados no casco histórico da cidade.

Também marcarão presença 80 expositores de Artesanato e Agro-Alimentar e estarão patentes quatro exposições em diferentes pontos do recinto. A festa não para, graças aos muitos concertos, mas também aos grupos diários de animação de rua e às tasquinhas de gastronomia típica de vários países.

Um acontecimento que, para o presidente da Câmara de Loulé Vítor Aleixo, é já o de maior dimensão, no concelho, pela notoriedade que granjeou e pelo número de pessoas que mobiliza.«Este é um festival que, originalmente, se circunscrevia à bacia geográfica e cultura do Mediterrâneo, mas que tem vindo a evoluir», ilustrou o edil louletano.

«A edição do ano passado foi considerada a melhor de sempre. A nossa ambição, em 2016, é fazer ainda melhor. Estamos a usar todo o saber acumulado ao longo de 12 anos e temos a convicção de que as bandas convidadas vão ajudar a que a edição de 2016 não desmereça a do ano anterior, antes pelo contrário», disse Vítor Aleixo.

E anunciou a introdução de algumas alterações. «Mantendo-nos fiéis ao conceito e filosofia, o evento terá notas de novidade, porque gostaríamos de fazer um upgrade naquilo que ele tem sido até agora. Queremos inovar, sem nos afastarmos do que tem sido a filosofia do festival», lançou o edil.

 

Vítor Aleixo MED BTL 2016

 

À margem da apresentação, Vítor Aleixo disse que esta aposta não significa um aumento do investimento no Festival, que rondará «os 250 mil euros», como noutros anos.

A gastronomia também ocupa um lugar de destaque, no MED. Fazendo jus ao seu nome, o festival louletano irá dedicar o dia 3 de Julho, o Open Day do festival, em que a entrada é livre, à Dieta Mediterrânica. Neste dia, que se segue aos três de festival com entrada paga, será possível a todos os que desejem sentir o espírito do evento.

 

Bandas já confirmadas:

Dubioza Lolektiv (Bósnia e Herzegovina)

Em 2003, um grupo de amigos da Bósnia-Herzegovina juntou-se para formar a banda Dubioza. A par das sonoridades balcânicas locais, as suas influências vieram dos quatro cantos do mundo: ska, punk, reggae, eletrónica e hip-hop.

Numa altura em que a indústria musical do país era praticamente inexistente, os Dubioza fizeram-se ouvir e tornaram-se um fenómeno musical nestas paragens, mantendo-se bastante ativos ao longo dos anos.

Em 2016, são um grupo consolidado e, sem dúvida, uma das mais populares bandas ao vivo na Europa Oriental, marcada pelo seu mais recente álbum, Happy Machine, aquele que é o seu mais provocativo trabalho até à data. É com este álbum que os Dubioza Kolektiv irão proporcionar um momento único no Festival MED.

Dubioza Kolektiv (Small)
Dubioza Kolektiv

 

Tinariwen (Mali)

Grupo de músicos tuaregues do Deserto do Sahara, da região Norte do Mali, formou-se em 1976, na Argélia, e regressou ao Mali após o cessar-fogo nos anos 90.

Com um estilo musical com raízes profundas nas sonoridades da África Ocidental, sobretudo da região do Rio Níger, a essência da sua música reside nas melodias e ritmos tradicionais do povo tuaregue, numa fusão com a música berbere do Norte da Algéria e a pop de países do Magreb.

A banda começou a ter seguidores fora da região do Sahara em 2001, com o lançamento do álbum The Radio Tisdas Sessions.

Alcançaram o reconhecimento internacional com o lançamento do muito elogiado Aman Iman, em 2007.
Com o álbum Tassili, em 2012 conquistaram o prémio para Melhor Grupo na Songlines Music Awards, assim como um Grammy Award relativo ao Melhor Álbum de World Music.

É um dos mais aguardados regressos ao Festival MED, após um concerto memorável em 2007.

Tinariwen (Small)
Tinariwen

 

António Zambujo (Portugal)

No final de 2013, António Zambujo editou um CD/DVD ao vivo gravado um ano antes no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Esta edição representou o corolário de um percurso de cinco discos de estúdio de imensa qualidade e que têm levado o artista alentejano aos quatro cantos do Mundo. Na verdade, “Quinto” o seu disco de 2012, conta mais de 100 semanas de permanência no top nacional de vendas. Este extraordinário registo garantiu a António Zambujo um Disco de Platina.

Internacionalmente, António Zambujo viu os últimos anos trazerem-lhe o estatuto de uma das maiores referências da cultura portuguesa. António Zambujo presenteia-nos agora com um novo álbum de estúdio “Rua da Emenda”. “Rua da Emenda” dispensa os condicionamentos de trânsito, porque, guiados pelo sinaleiro que canta, todos têm lugar. Não há sequer problemas de estacionamento: aos lugares reservados para os colaboradores habituais – de João Monge a Maria do Rosário Pedreira, de Ricardo Cruz a José Eduardo Agualusa, entre outros – juntam-se espaços novos e amplos para quem chega e é recebido em festa – Miguel Araújo, Samuel Úria, José Fialho Gouveia, para citar alguns – como acontece sempre que a voz de António Zambujo é o destino.

António Zambujo (Small)
António Zambujo

 

EMICIDA (Brasil)

E.M.I.C.I.D.A – Enquanto Minha Imaginação Compor Insanidades Domino a Arte – chega das ruas de São Paulo, onde não existe memória de ter perdido uma batalha de rimas. Hoje é um dos maiores nomes do hip hop brasileiro, apenas com um disco editado, duas mixtapes, e dois EPs. “Triunfo” – o seu primeiro single – foi lançado em 2008 e afirmou a sua perseverança artística com vendas superiores a 10 mil cópias sem um grande distribuidor. No seu percurso conta com concertos em alguns dos maiores festivais do mundo: Coachella, Montreux Jazz Festival, Sónar e South By Southwest.

“O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui”, único disco ao lado de inúmeras experiências musicais, confirmava em 2013 o seu talento no topo das grandes listas de melhores do ano no Brasil, incluindo na Rolling Stone, como melhor disco do ano. EMICIDA tem colaborado com diversos artistas desde Criolo a Caetano Veloso. Encontra-se neste momento a terminar um novo EP, gravado em África, com artistas locais.

Emicida (Small)
Emicida

 

Hindi Zahra (Marrocos/França)

Hindi Zahra é uma cantora e atriz Franco-Marroquina ,uma multi-instrumentista, auto didata. Influenciada por cantores como Cheikha Rimitti, Hindi tem sido comparada com Beth Gibbons of Portishead, Manu Chao, Billie Holiday, Patti Smith, e Norah Jones. “Beautiful Tango” foi o tema que a apresentou no mercado da música.

O seu disco de estreia, “Handmade”, de 2010,é um trabalho surpreendente, uma coleção de músicas que se transformaram em Hits. Com ele Hindi Zahra ganhou o prestigiado, Prix Constantin, para melhor álbum. Em fevereiro de 2011, o de melhor álbum de worldmusic nos prémios Victoires de la Musique

Uma Tour mundial de 400 concertos depois e mais de 150 000 discos vendidos, edita um novo trabalho: “Homeland” (abril de 2015), num regresso a Marrocos. Este trabalho fica situado algures entre Marraquexe, montanhas, grutas e o Oceano Atlântico. Em 2016 volta a vencer os prémios Victoires de la Music, para melhor álbum de Worldmusic, agora com o novo álbum.

Hindi Zahra
Hindi Zahra

 

Capicua (Portugal)

Com 15 anos, Ana Matos Fernandes descobre o Hip Hop, primeiro pelos desenhos nas paredes, depois pelas rimas em cassetes, até chegar aos microfones. Em 2012, com o seu primeiro álbum, editado com selo Optimus Discos, sai do nicho para atingir novos públicos, surpreender a crítica e ganhar destaque nas mais prestigiadas listas de melhores discos do ano.

O segundo LP, “Sereia Louca” (ou serei a louca, se quiserem), lançado em 2014 pela Norte Sul, confirma Capicua como um dos maiores talentos da nova música portuguesa e uma das mais incontornáveis da sua geração.

Os seus seguidores, de todos os quadrantes e idades, multiplicaram-se; o respeito da crítica e dos seus pares consolidou-se, e sucederam-se os concertos nos principais palcos e festivais do país.Em 2015, Capicua surge com “Medusa”, um disco de remisturas e dois originais, no qual marcam presença alguns dos mais estimulantes projetos e MCs de Hip Hop e da atual música urbana de raiz eletrónica.

Capicua (Small)
Capicua

 

Aldina Duarte (Portugal)

Aldina Duarte é uma das grandes vozes do Fado, a quem chamam a “Voz Inteligente”, pela sua singular capacidade interpretativa.

A sua personalidade artística é reconhecida por todas as gerações do Fado, pela crítica musical, por artistas das mais diversas artes e personalidades públicas de todas as áreas da cultura e do conhecimento. Mantém, desde a edição do seu primeiro disco – “Apenas o Amor”, – em 2004, um público absolutamente fiel e abrangente. Em 2014 festejou duas décadas no Fado. Em 2015 / 2016, Aldina Duarte regressa aos discos com “Romance(s)” que conta com poesia de Maria do Rosário Pedreira e produção de Pedro Gonçalves (Dead Combo).

No palco desta noite, Aldina Duarte é acompanhada por Paulo Parreira na guitarra, Rogério Ferreira na viola e Francisco Gaspar no baixo e apresenta o espetáculo “Romance” que inclui fados do seu mais recente disco e também os fados incontornáveis da sua carreira.

ALDINA DUARTE
Aldina Duarte

 

Ana Tijoux (Chile)

Ana Tijoux é uma das MCs mais reconhecidas da América Latina. Nascida em França, em 1977, filha de pais chilenos exilados durante o regime de Pinochet, nunca perdeu a ligação às raízes. Fez um percurso no grupo Makiza e avançou para uma carreira a solo que teve o seu momento de afirmação em 2009, com o disco “1977”, inspirado no hip hop lírico e de protesto dos anos 90. Na sua música, o hip hop contemporâneo absorve influências de sons dos Andes, jazz e funk. Ana é conhecida por tratar de temas como pós-colonialismo, feminismo, ambientalismo e justiça social em suas letras.

Venceu um Grammy Latino com uma colaboração com Jorge Drexler e o seu disco “Vengo”, de 2014, foi nomeado para melhor álbum latino de rock, urbano ou alternativo na última edição dos Grammys.

AnaTijoux (Small)
AnaTijoux

 

Alo Wala (Dinamarca/Noruega/EUA)

Alo Wala, que significa “provedora de luz” em Hindi e Bengali, caracteriza-se pela rapper de Chicago, Shivani Ahlowali.

Ao vivo, Alo Wala atua com os pioneiros do Tropical Bass, Copia Doble Systema; o seu espetáculo acarreta a voz electrizante de Alo Wala, a percussão de Julius Sylvest e os efeitos visuais hipnóticos de VJ Mad Es. Mais do que uma vocalista de rap sob ritmos de samples vindos de terras estrangeiras, o EP de estreia de Alo Wala “Cityboy” (lançado a 10 de Novembro de 2014), é marcado por uma vida de viagens.

Tendo vivido nos USA, India, Guine-Bissau, Espanha e Dinamarca, Shivani leva uma visão universal e profunda para estúdio. Quando o seu fluxo hipnótico se encontrou com a produção de Julius Sylvest & Copyflex, conhecidos pelo seu experiencialismo, desde as reinterpretações do Cumbia tradicional ao Gangsta Rap, foi criada uma banda sonora digna da idade móvel.

Alo Wala (Small)

 

Isaura (Portugal)

O EP de estreia de Isaura intitula-se “Serendipity”, foi editado a 18 de maio com o selo NOS Discos e conta com produção de Cut Slack, Raez e Ben Monteiro (D’Alva). A cantora estreou-se em dezembro de 2014 com o tema “Useless” e, no início do mês de maio, foi a vez de estrear o novo single “Change It” que conquistou distribuição digital pela Universal Music Portugal.

“Serendipity” foi acarinhado pelo público e rapidamente conquistou lugar de destaque na plataforma Tradiio e Isaura, dois meses depois da apresentação do seu trabalho de estreia, marcou presença no Super Bock Super Rock 2015.

Entre outubro de 2015 e março de 2016, dividiu o palco com Francis Dale e esgotou espaços como o Lux (Lisboa), Hard Club (Porto) e Salão Brazil (Coimbra) numa digressão de treze datas.

“Randomly” será editado no decurso de maio.

Isaura (Small)

 

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